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Se havia alguma dúvida da capacidade de os reservas do Coritiba segurarem as pontas do time, a vitória de ontem em Cianorte tratou de comprovar a capacidade técnica dessa turma.

Bem que os donos da casa tentaram impor o ritmo de jogo, mas foram subjugados por um futebol mais rápido e bem entrosado dos coxas que entraram em campo. E não seria de se estranhar esse entrosamento, pois, afinal de contas, treinam juntos quase diariamente, quando têm de enfrentar os titulares nos preparativos da semana.

A vitória de ontem não só carimba a destacada vantagem técnica da equipe perante os possíveis concorrentes diretos (e os números finais da classificação do primeiro turno estão aí a provar), como também projeta previsões otimistas para as competições nacionais programadas para a temporada.

Do goleiro Vanderlei nem é mais preciso falar, pois nesses anos de clube ele tem sido, digamos, um quase-titular, com direito a algumas incursões mais freqüentes no time de cima. A zaga provou o bom potencial técnico de Maranhão (contratado para ser dono da posição) na direita e, na esquerda, atestou a recuperação do embalo de Dênis, que perdeu a chance de se firmar com a contusão que sofreu no ano passado. Os dois zagueiros de área, Cleiton e Lucas Mendes, já são figurinhas carimbadas no quadro de cima.

Dali em diante que boas constatações puderam ser registradas. Marcos Paulo é muito talentoso e deve ter tido alguma razão fora de campo para não ter sido melhor aproveitado por Ney Franco. Willian marca bem e quando entra mantém o nível (foi injustamente expulso ontem, por ter levado um empurrão e caído na área) e Tcheco joga com classe, mas tem alguma coisa mexendo com a cabeça dele, que fez o gol da vitória, mas novamente foi expulso por reclamação.

Boas surpresas (se é que se pode classificar assim) mais na frente. Anderson Aquino vai ganhando ritmo de jogo e vai ser muito útil na temporada. E o menino Éverton Ribeiro provou ter atributos para compor o grupo disputando posição com os atuais titulares.

De todos, Bill foi o que menos apresentou. Justamente o único titular presente. Quis forçar muitas faltas e ficou devendo. Mas é um artilheiro e por isso deve ser respeitado.

No balanço final: o Coritiba tem, sim, bala na agulha para pensar grande. Não foi de graça que fechou o turno com sete pontos de vantagem para o segundo colocado.

Intenção na tela?

Quando se imagina já ter ouvido de tudo sempre há uma nova pérola no ar nesse mundo do futebol.

Quinta-feira passada, Alto da Glória, Coritiba x Ypiranga pela Copa do Brasil. O árbitro marcou um pênalti para o Coritiba e depois voltou atrás em lance de toque de mão do zagueiro Glauco na área.

Terminada a partida, o repórter quis ouvir de Glauco sobre o lance. "A bola bateu em minha mão, mas não sei se foi pênalti" – respondeu. Mas houve a intenção? – insistiu o repórter – "Que bateu, bateu. Mas se houve intenção só vou poder dizer vendo na televisão".

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