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Ainda há quem duvide. Pelo menos do sucesso do Coritiba a longo prazo.Quinta-feira passada, saindo do Alto da Glória, tive a oportunidade de conversar com alguns amigos e outros colegas da imprensa paulista (também tão estupefatos quanto o time do Palmeiras quanto ao resultado do jogo e à diferença técnica apresentada entre as equipes). Reconhe­ceram, finalmente, o ótimo momento que atravessa a equipe coxa – e nem poderia ser diferente perante as evidências em campo -, mas puseram em xeque a manutenção desse grupo vitorioso para futuras competições.

A começar pelo campeonato brasileiro que está se aproximando. O sucesso traz o assédio e a história recente do futebol nacional é pródiga em exemplos de desmanches em equipes que voaram no primeiro semestre e perderam o embalo no segundo, como consequência da saída de alguns de seus principais jogadores.

Não deve ser o caso do Coritiba – respondo, praticamente convicto, com base no que tenho ouvido sobre as coisas internas lá do Coxa. O trabalho iniciado no ano passado, ainda batendo a poeira daquela horrível e violenta queda para a segunda divisão nacional, projeta metas de conquistas e de solidificação de status a partir do ano que vem. O que está chegando agora seria apenas o lucro antecipado de uma situação projetada para incluir definitivamente o clube entre os principais baluartes do futebol no País.

O exemplo que temos é a renovação de contrato dos principais jogadores do grupo e o claro e ma­­nifesto interesse de aquisição daqueles ainda em pendência de vínculo – caso específico de Davi, com a posição oficial de exercer o direito de preferência sobre os direitos federativos do jogador. Pelo que sei, apenas dois dos titulares (com substitutos à altura no grupo) teriam palavra da diretoria de saída facilitada em caso de bom negócio para eles, justamente dois dos mais antigos na casa.

Mas o que me parece mais im­­portante nessa ascendente afirmação da equipe é o desejo dos próprios atletas, que transmitem em campo uma felicidade de jogar que pouco se vê no futebol dos dias de hoje. E, felizes, reconhecendo o potencial da turma, não vão querer sair daqui tão facilmente, em busca de aventuras nem sempre de retorno certo.

Quase todos são bem rodados, já tiveram experiências em clubes considerados de ponta (ainda que nem sempre justifiquem em campo) e sabem que a incerteza é o que marca a vida de nômade desse pessoal que troca o certo pelo duvidoso.

Os companheiros paulistas bem que duvidaram, mas na próxima quarta-feira, em São Paulo (lá estarei para transmitir Palmeiras x Coritiba para a RPC TV), vou reforçar o meu argumento, acrescentando que, não só ninguém está a fim de sair, como muita gente ainda está por chegar, fortalecendo ainda mais o já consistente grupo coxa na temporada.

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