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Preocupado com o terceiro jogo consecutivo sem vitória e sem fazer gol, o torcedor do Coritiba me pergunta na saída do Alto da Glória: será que esse time virou o fio?

Longe disso – tentei argumentar. Na primeira ocasião, contra o Palmeiras, entrou em campo com seis gols de vantagem e tirou proveito da situação. Na segunda, em Fortaleza, tinha o empate como bom resultado, tanto que trouxe a decisão da semifinal da Copa do Brasil para casa.

Ontem o time (o titular, sem jogadores poupados) até que fez quase tudo certo, não fossem os tantos erros de passes no primeiro tempo. E quando a força de ataque voltou ao normal surgiu o grande personagem da partida, o goleiro Roberto, um paranaense de Cornélio Procópio, reserva que entrou no calor da disputa para, com defesas incríveis, garantir as coisas para o Atlético Goianiense.

E aí, quando a pressão natural da ansiedade e da torcida já desarrumava a armação tática coxa, veio o contra-ataque mortal dos goianos e o gol de Marcão, selando a inesperada vitória rubro-negra.

Resta saber em quanto essa derrota afetará o desempenho da equipe na quarta-feira, contra o Ceará. Aí sim será um confronto decisivo, com a necessidade de se reencontrar o caminho do gol para selar a passagem para a decisão da copa nacional.

Paraná Clube salva a lavoura

Do Atlético veio o que se esperava a partir do anúncio da escalação: congestionamento de volantes. Foi assim que se foi a vaga da Copa do Brasil ao abdicar do ataque contra o Vasco quando havia a necessidade de fazer gol para se classificar. E foi assim sábado, contra o xará mineiro, na derrota por 3x0. O técnico Adilson Batista começa a minar seu próprio trabalho ao insistir numa tática comprovadamente ineficiente.

Em Sete Lagoas mais uma vez foram criadas jogadas de ataque, mas a bola circulou pela grande área adversária sem encontrar qualquer rubro-negro disposto a tocá-la em direção ao gol. É que não tem ninguém mesmo, pois o jogador mais avançado da equipe é Guerrón, sabidamente um fornecedor de jogadas, não um finalizador. Então ele foi à linha de fundo, cruzou para a área e aí a jogada morreu.

E Batista, em seu discurso que parece sempre querer ironizar a imprensa, disse que se não tivesse os quatro volantes em campo poderia ser pior. Se é assim que ele vê seu grupo de trabalho, as coisas estão pretas para o Atlético.

Boa surpresa foi o Paraná Clu­­be, o salvador da lavoura paranaense nessa rodada de estreia do Cam­­peonato Brasileiro. Não pelo nível técnico dos jogadores – sabidamente bons talentos. Mas pelo rápido en­­trosamento de algumas peças, fundamental na virada contra o Ituiutaba, lá pelo interior de Mi­­nas. É um time que tem condições de crescer na Segunda Divisão, re­­cuperando a abalada autoestima do torcedor, despedaçada com a queda na competição estadual.

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