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Durante muito tempo a diretoria do Atlético prometia a montagem de um time de respeito, para projetar importantes conquistas. Prometia, mas não cumpria. Alegações várias, desde a prioridade ao patrimônio, obras no estádio e política de pés no chão, serviam de justificativa para tentar aplacar a frustração dos torcedores. E os anos se passavam todos da mesma maneira: sem nada além da média.

Mas agora a situação parece ser, finalmente, mais próxima do tanto que se prometeu no passado. O time titular da temporada anterior está praticamente mantido, exceto pela venda de Hernani aos russos do Zenit – em ótimo negócio, diga-se. E com uma perda a se considerar, a não permanência de Lucas Fernandes, jogador de bom potencial e cuja continuidade dependia apenas de o Atlético cumprir o ritual contratual de exercer o direito de preferência na negociação. Não o fez e o rapaz foi embora.

Mas, em compensação, vieram jogadores interessantes. E experientes, fechando uma brecha que prejudicava a estabilidade da equipe em momentos decisivos. De bons atributos técnicos, o grupo atleticano contava com grande maioria de jovens recém-promovidos e ainda sem estrutura mental e psicológica para segurar barras mais pesadas. Por conta disso levou gols em viradas inesperadas no campeonato brasileiro, depois de estabelecer vantagem no placar. Faltava alguém que pisasse na bola, propusesse a troca de passes mais intensa e contivesse qualquer possível descontrole emocional.

Agora não falta mais. Weverton, Paulo André, Thiago Heleno e Lucho Gonzales ganham a companhia de Grafite e Carlos Alberto (que tem potencial técnico inegável, desde que se enquadre no trabalho sério a ser proposto), bem escolados pela malandragem em campo. E o sangue novo vem com Felipe Gedoz (embora experiente na Europa tem apenas 23 anos) e Luís Henrique, uma joia que o Botafogo não soube lapidar e pode se dar muito bem por aqui. Isso sem contar os demais que permaneceram e que já apresentaram bons resultados, como Léo, Sidcley, Otávio, Pablo, Nikão e a bela aposta que é o meia João Pedro.

O perfil é outro, a mentalidade dos dirigentes também parece ser. E o torcedor rubro-negro começa o ano com melhor visão de futuro. Com termômetro apontado já para o primeiro compromisso importante da temporada, o confronto com os colombianos do Milionários, a partir do fim deste mês.

O novo foco do Coxa

O Coritiba, à sua maneira, monta a equipe para este 2017. Teve mais perdas do que contratações e acena, seriamente, com a possibilidade de trazer Ronaldinho Gaúcho. Ainda não se sabe exatamente para quê, mas não é assunto de se descartar no escuro.

Vai ser nosso assunto no meio de semana (por hoje o espaço terminou).

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