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Ainda não está cravado. A aritmética ainda não permite considerações finais. Nem mesmo para garantir a marca de 45 pontos como o tal “número mágico” para escapar do rebaixamento. Pode ser que sim, que esse apertado e sofrido 1 a 0 de ontem tenha garantido o Coritiba na primeira divisão nacional do ano que vem. É o que indicam os especialistas.

Mas quem garante? Por isso mesmo o capitão Kléber foi cauteloso após o triunfo sobre o Santa Cruz. Sem euforia, pés no chão – recomendou. O Coritiba ainda tem três difíceis partidas pela frente. Duas fora (Flamengo e Ponte Preta, que brigam por posições) e uma em casa, em confronto direto com o Vitória.

De qualquer forma, importante foi vencer um adversário que não parecia estar quase morto – aliás, lutava por uma sobrevida –, mas acabou rebaixado. Pode ser que a sequência dos resultados garanta permanência coxa com esses 45 pontos. Mas ainda vai ter muita tensão pela frente.

Por isso, importante será manter o foco.

O show da madrugada

A marca é invejável: seis vitórias consecutivas. E a história do futebol foi buscar fato semelhante bem lá atrás, em 1969, quando as “feras do Saldanha” encantavam o país com exibições apaixonantes. Eram as eliminatórias para a Copa do México, do ano seguinte, da conquista do terceiro campeonato mundial com aquela que é considerada a melhor seleção brasileira de todos os tempos.

Claro que não existe aqui qualquer termo de comparação entre os dois escretes. Mesmo porque são época e estilos diferentes. Mas é de se considerar e respeitar a surpreendente campanha desse grupo de jogadores liderados pelo técnico Tite, com a absoluta marca de seis vitórias em seis partidas disputadas – aproveitamento total.

E boa parte dos participantes de hoje estava naquele grupo mambembe que Dunga não conseguia harmonizar em campo. E os que não estavam foram por razões de escolha pessoal do ex-treinador, que insistia em algumas peças viciadas e num esquema tático incompreensível.

Na vitória da madrugada de ontem, contra o Peru, em Lima, a seleção brasileira mostrou outra qualidade, além da técnica e da disciplina tática: paciência. Sim, porque os peruanos partiram empolgados para o ataque e jogaram na pressão em busca do gol. Até reclamaram de um pênalti (com razão), tanto quanto o Brasil nos instantes finais do jogo.

Mas uma mexida de Tite – com a inversão entre Renato Augusto e Philippe Coutinho – fechou as brechas para os anfitriões, o jogo amornou e aí foi só esperar surgir oportunidade de finalizar.

Que vieram no segundo tempo, com Gabriel Jesus e Renato Augusto e quase com Paulinho e Fernandinho.

Vitória do futebol consciente, disciplinado, de quem sabe o que está fazendo em campo. Da seleção que passou de quase desenganada com Dunga à certeza de chegada a Moscou – apenas um ponto a ganhar em seis jogos restantes.

Belo espetáculo na madrugada, provando que não apenas de fricotes e jogadas rocambolescas vive um bom time.

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