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Lembrei-me daquele personagem a afirmar: "Deixe o homem trabalhar". O Coritiba de ontem já apresentou correções em relação ao time instável que vinha se apresentando ultimamente. O técnico Marcelo Oliveira precisou de algum tempo para ajustar as peças à nova realidade de seu grupo de trabalho, por não mais contar com todos os jogadores com suas performances em momento máximo.

Claro, somos humanos, falhamos e jamais atingiremos a perfeição. Aquele Coritiba das 24 vitórias consecutivas chegou bem perto, mas aí começou a haver o desgaste natural na mão de obra disponível. Inclusive junto aos preceitos do próprio treinador, que andou errando aqui e ali – como qualquer outro, ser não perfeito, poderia errar.

Oliveira teve guarida para manter seu trabalho e já na partida anterior (apesar da vitória do Flamengo no último lance do jogo) o Coritiba se apresentava mais competitivo, mais seguro e mais consistente. A partir do retorno de Lucas Mendes à defesa esquerda, em detrimento a Eltinho, um especialista da posição. Mendes defende e dá solidez ao setor e foi com ele que a equipe atingiu o auge, por permitir mais liberdade aos companheiros mais criativos.

Para essa partida contra o Atlético Mineiro, Marcelo Oliveira precisava devolver a estabilidade ao seu time. O meio de campo não era o mesmo e vinha sendo o ponto nevrálgico a quebrar a estrutura tática por ele proposta. Léo Gago, por exemplo, não rendia mais o mesmo e ali o time se enroscava. Foi para o banco, com Tcheco fazendo sua função. E com tal desprendimento que não só reorganizou as coisas por ali como construiu toda a jogada do primeiro gol, abrindo a expressiva vitória no Alto da Glória.

O Coritiba ditou o ritmo de jogo e construiu o placar sem ser ameaçado pelo adversário. Bem calçado pela diretoria, Marcelo Oliveira teve paz e tranquilidade para corrigir as brechas e reconduzir o time aos seus melhores momentos. E aí, a vitória veio ao natural.

Instantes finais

Para um, contra. Para outro, a favor. O sábado foi contrastante para Atlético e Paraná. No Morumbi o Atlético deixou escapar uma vitória que até vinha merecendo manter por um último lance de jogo, o cruzamento escorado meio sem jeito por Rivaldo para empatar a partida. Mas o time já apresentou progresso, inclusive no bom aproveitamento de jogadores "malditos", como Robston e Fransérgio, queimados pela impaciência da torcida e reabilitados pelo técnico Renato Portaluppi. O pecado foi recuar demais e permitir a pressão dos donos da casa. O empate não é mau resultado, o que pesa é o passado desastroso.

Na Vila Capanema, um tanto desordenado, o Paraná tentava fazer o ritmo de jogo e o ABC só se defendia. Também um quase último lance de jogo e a cabeçada do bom zagueiro Brinner para definir a vitória que restabelece a paz no clube, depois de quatro partidas sem bons resultados e cobranças aumentando.

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