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O técnico Celso Roth vinha insistindo numa tecla: o Coritiba vem jogando bem. E vem mesmo. Talvez não tão bem quanto necessário, pois aí não estaria frequentando a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O time jogava bem – ou razoavelmente bem – e mesmo assim não conseguia pontos. E ontem a história praticamente se repetiu. Em Porto Alegre, na casa do Grêmio, o Coxa mandou no primeiro tempo, pôs duas bolas no travessão e saiu na frente do placar, desencantando Zé Love de seu longo jejum. Tomou a virada e, novamente com Zé Love, empatou a partida.

E quando o árbitro se preparava para encerrar o jogo, Alex decidiu – justo ele, o craque do time, que havia sido o ponto alto em campo. Finalmente veio a vitória, consolidando o melhor rendimento em campo e pondo fim à terrível fase que vinha se estendendo por um bom tempo. Não foi possível escapar da zona de rebaixamento, mas vencer já é um alívio. Fora, melhor ainda. Fora, contra um adversário do nível do Grêmio, é mesmo de se festejar. Resultado justíssimo, jogo emocionante, com duas viradas e a festa coxa.

O caminho das pedras

Cristóvão Borges é um técnico inteligente. Como também havia sido um jogador inteligente, acima da média, dos tempos de Fluminense, Bahia e até mesmo do Atlético, campeão paranaense de 85 que foi. Estudou muito o estilo de jogar dos atleticanos, no ataque e em velocidade, e decidiu pôr mais gente de marcação no meio de campo.

Funcionou. Ontem o Atlético ficou preso na armadilha do Fluminense, sem chance de escapar, a ponto de ter novamente de apelar para as bolas de ligação direta entre o goleiro Weverton e os atacantes, tão comuns nos tempos do pouco inspirado Miguel Portugal.

Isso porque os jogadores rubro-negros que costumam criar as jogadas e os lançamentos foram muito bem marcados. A começar pelos dois laterais, mais Marcos Guilherme, que praticamente sumiu em campo. Assim, sobraram livres os dois volantes e os dois zagueiros, que, cá entre nós, não resolvem nada nas tentativas de passe.

Os cariocas dominaram o primeiro tempo, construíram o placar na hora que deu vontade (embora não tenha me parecido pênalti no lance que originou o segundo gol) e ainda chegaram ao terceiro gol, administrando o resultado sem dificuldades. O Atlético bem que tentou reagir na etapa final, mas o banco não ofereceu ao técnico Doriva nenhum jogador capaz de quebrar o ritmo de jogo e centralizar as jogadas com maior cadência. O Fluminense descobriu a maneira de neutralizar o bom futebol que vinha sendo apresentado até então. Caminho aberto para os demais e por isso é preciso buscar alternativas (material humano) que permitam mudanças táticas eficientes.

O vencedor

No sábado, finalmente vitória do Paraná Clube. Ainda na zona de rebaixamento da Segunda Divisão, mas pelo menos respirando.

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