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Pagou o Atlético o preço por esperar pra ver. Em vez de impor seu estilo de jogo desde o início da partida, permitiu que o Flamengo administrasse a partida desde os primeiros momentos e o que se via na Vila Capanema era um visitante tomando conta da bola e ditando o ritmo de jogo.

Tanto que o gol de Marcelo surgiu na primeira tentativa de bola dominada dos atleticanos no campo de ataque. Até então, nada. A posse de bola era toda dos cariocas, que fechavam o meio de campo atleticano, impedindo a criação das jogadas rumo aos avantes. A consequência era a sempre questionável ligação direta, que, invariavelmente, pega os zagueiros de frente, sem maiores chances de chegada na grande área. Mas saiu o gol, dando uma falsa impressão de domínio atleticano. E o repórter avisou lá na beira do gramado: "o Mancini mandou avisar que agora é com a defesa". Não seria bem assim. Seria com o ataque, para tirar proveito de uma possível instabilidade do Flamengo e partir para o segundo gol, que selaria vantagem para a partida de volta, semana que vem.

Mas veio o gol do Flamengo (merecidíssimo, diga-se) e a situação para o confronto de volta agora é outra. O Atlético só se beneficia do empate se fizer pelo menos dois gols. O Flamengo entra classificado para a decisão, pois o 0 a 0 lhe favorece. Tudo muito diferente do que os atleticanos experimentaram até agora.

Significa que as dificuldades serão muito grandes no Maracanã. Primeiro, pelo que representa a força da torcida flamenguista em casa. Depois, pela necessidade de o Atlético mudar o estilo de jogo. Com força maior no contra-ataque, terá de assumir a iniciativa da partida de volta, para fazer um placar que seja pelo menos por vitória em diferença mínima. Mas agora o Flamengo é favorito. Caberá ao Atlético, que teve o serviço quebrado em casa, tentar quebrar o serviço na volta.

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