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Chega numa hora dessas e começam a pipocar as reclamações contra o regulamento do campeonato. E o assunto da vez é a possibilidade de o Londrina ficar fora da final, mesmo tendo o maior número de pontos na soma de toda a competição. Traduzindo: o melhor time da disputa não participa da decisão.

Mas os cartolas são pródigos nessas armadilhas que criam para si mesmos. Não levam as reuniões preparatórias do campeonato a sério e comparecem ao Conselho Arbitral com a maior pressa de ir embora, livres de maiores discussões. Posso garantir que mais da metade dos presentes a essas reuniões não leem ou não prestam atenção no que estão lendo. E aí dá nisso. Ou em aberrações maiores como aquela do supermando, de dois anos atrás, quando a má redação do regulamento permitiu ao melhor colocado na soma geral ter o mando de todas as partidas eliminatórias.

O caso desse ano não é tão grave assim. Embora venha a ser injusto com o Londrina, caso venha a se concretizar (e a possibilidade maior é essa, pois o Londrina não depende mais de suas próprias forças desde que perdeu em casa para o Operário), já foi pecado também em outras plagas. Corrigido no Rio de Janeiro (e se não me engano até mesmo aqui no Paraná em décadas passadas), com a inclusão de apenas mais um item no regulamento: "Caso um clube tenha mais pontos no total que um ou dois finalistas, estará automaticamente classificado para a final, que será disputada em triangular".

Mas não é assim, os cartolas não enxergaram essa brecha que está tirando o bem montado time do Londrina da decisão. Porque no campo vai ser muito complicado. Por mais que o Operário possa endurecer para o Atlético, por vislumbrar a possibilidade de conseguir uma vaga na Série D, o Coritiba vai jogar tudo o que não jogou contra o Atlético nesse confronto com o Londrina. Já ficou claro e, se antes os jogadores eram discretos em suas declarações, agora a preferência é explícita: melhor pegar o Atlético com a vantagem de dois resultados iguais e decisão no Alto da Glória do que encarar o Londrina com essa desvantagem e final do campo do rival.

Os alemães

Que havia um ligeiro favoritismo dos times alemães nas semifinais da Superliga europeia já se sabia. Mas que passariam tão facilmente pelos dois adversários tidos como os mais poderosos do mundo, não se imaginaria. Pois ontem o Borussia Dortmund completou o serviço que o Bayern fizera na véspera e também despejou quatro gols no Real Madrid. E com um retrospecto respeitável. Primeiro pela invencibilidade na Liga (a única equipe) e ainda pelo aproveitamento total nas partidas disputadas em seu estádio.

O gol que o Real fez pode servir de alento, pelo menos na comparação com as obrigações do Barça. Ao contrário do maior rival, que precisa de um 5 a 0 para ir à final, os merengues só precisam de 3 a 0.

Como se fosse muito fácil.

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