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E ainda não foi desta vez. Nos primeiros instantes da partida o Atlético até deu a impressão de contar com todos os ingredientes para a primeira vitória no Campeonato Brasileiro. Trocava passes, aguardava o momento certo para chegar à linha de defesa contrária e arrematava com precisão. Tanto que chegou logo aos 2 a 0 e se não fosse por uma bela intervenção do goleiro Fábio, no chão, teria alcançado também o terceiro gol.

Mas tudo ficou por aí. Primeiro, porque o adversário não era qualquer um. O Cruzeiro vinha de goleada sobre o Goiás na rodada de abertura e certamente encontraria meios de reagir. Como de fato encontrou, diminuindo a vantagem atleticana ainda no primeiro tempo, para empatar o jogo na saída de bola do segundo.

E o Atlético, a partir dali, não conseguiu mais jogar. Pior ainda. Aturdido pelo rapidíssimo gol contrário, chegou a perder o rumo por alguns minutos, quando ofereceu boas chances para o adversário definir o placar. E o que se viu depois, durante todo o segundo tempo, foi uma equipe tentar manter a posse de bola para fazer surgirem jogadas de frente. Que até vieram, mas uma ou duas, bem menos do que os mineiros proporcionaram, obrigando o goleiro Weverton a trabalhar bastante.

Apesar do bom esboço de time no primeiro tempo, o Atlético ainda fica devendo em relação ao futebol que apresentou na estreia, em Macaé. Mesmo com a derrota para o Fluminense, teve melhor controle das jogadas e só pecou nas finalizações. Desta feita também errou em conclusões que poderiam ser decisivas, mas já não exibiu o mesmo entrosamento.

Pode ter a ver com o gramado ruim – argumenta alguém. Certamente que sim. Mas é sempre bom lembrar que as condições do piso afetam os dois lados e o Cruzeiro é time tocador de bola. Que também sofreu com as dificuldades de controle das jogadas no gramado prejudicado no Boqueirão.

Embora seja ainda cedo para qualquer diagnóstico de peso maior, a primeira conclusão a que se chega desse retorno do Atlético à Primeira Divisão nacional é cristalina: falta um finalizador, um atacante que tenha pontaria e que pelo menos acerte a bola na direção do gol. Arremate houve vários, a absoluta maioria bem longe do alvo.

Blindagem

Neymar se apresentou à seleção brasileira como a grande estrela – que realmente é – da companhia. Mas a comissão técnica, acertadamente, decidiu isolá-lo nesses primeiros dias de trabalho preparatório para a Copa das Confederações.

Tudo o que ele precisa é desviar seus pensamentos para a competição de agora e o contato com a imprensa certamente direcionaria o assunto para o contrato assinado com o Barcelona. Depois, lá na frente, a conversa será outra.

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