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Dois a dois no placar e um pênalti não marcado para cada lado. Este é o resumo do Atletiba de ontem, na Vila Capanema. Jogo bem disputado, com duas equipes interessadas em atacar e a alternância no marcador a mexer com a adrenalina dos torcedores.

O empate nessa partida joga para o vencedor do segundo confronto o direito de festejar o título estadual da temporada e, pelo menos, ajeita um pouco as coisas, camuflando a terrível falha do regulamento, que não consideraria o saldo de gols como fator de desempate para a decisão.

O Atlético entrou mais aberto, como tirar sempre é a característica de atuar da equipe dirigida por Juan Carrasco. O Coritiba, de seu lado, mais cuidadoso do que de costume, fechando o meio de campo com mais jogadores de marcação, enquanto tentava encontrar espaços na frente com jogadas individuais. Saiu na frente em uma delas, com o gol de Éverton Ribeiro, logo neutralizado pelo empate de Bruno Mineiro.

Quando o Atlético virou o placar, na sobra bem aproveitada de Ligüera da falha do goleiro Vanderlei, o Coritiba se abriu todo, porque o técnico Marcelo Oliveira utilizou as prerrogativas que o regulamento lhe oferecia. Perdido por dois, por dez ou por mil seria a mesma coisa para efeito de jogo de volta. Com isso, abriu mão de seus volantes, substituídos por atacantes e foi à luta, chegando à nova igualdade com Anderson Aquino.

E o Atletiba transcorreu com outros bons lances de lado a lado, não aproveitados. Inclusive dois pênaltis, na falta sobre Zezinho e no toque de mão de Bruno Costa. Ambos ignorados pela arbitragem, que não esteve em seus melhores dias. Evandro Roman parece ter prometido entrar para a história ao dirigir o clássico sem aplicar um cartão amarelo sequer. Embora em três ou quatro lances houvesse a necessidade de aplicá-lo.

Agora vai ser pra valer no jogo de volta. Seja como for sai o campeão.

O peso do saldo

A Federação Paranaense de Futebol deve estar cheia de argumentos ao analisar as finais de Rio de Janeiro e São Paulo. Duas goleadas por três gols de diferença, dando praticamente a Fluminense e Santos a garantia antecipada de título conquistado.

Se fosse no regulamento paranaense, os jogos de volta teriam motivação total, com tudo zerado – ouviria de alguém ligado à FPF. Cheio de argumento, mas nada a ver com o que melhor se espera do futebol. Se Santos e Fluminense construíram a vantagem de três gols, que dela tirem proveito na partida de volta. E que comemorem o título (a não ser que o futebol pregue alguma de suas peças, o que não me parece possível).

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