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Já tinha escrito algumas linhas, pensando no complemento após o término do jogo do Coritiba quando saiu o gol do Para­­navaí. Parei tudo e decidi esperar, pois um resultado daqueles mudaria todo o enfoque reservado para este nosso espaço aqui.

Estávamos na estrada, voltando de Apucarana a Maringá, depois da transmissão de Roma e Atlético pela RPC-TV. É sempre assim que faço. Retorno do jogo da TV no aguardo do fechamento da rodada, já adiantando na estrada algumas linhas sobre o que teria acontecido até então. No caso, uma partida horrível em Apucarana e uma goleada retumbante do Londrina, contra o Arapongas, fora de casa.

O enfoque principal da coluna seria aquele: continua a equilibrada disputa entre Londrina e Coritiba pelo título do segundo turno. Mas aquele gol do ACP mexeria com tudo, pois dali em diante o Tubarão (já dá pra chamar novamente assim, utilizando o apelido que marcou tantas equipes brilhantes formadas a partir daquela que gerou a denominação, com Carlos Alberto Garcia & Cia?) só teria de administrar os resultados para aguardar o momento de decidir o campeonato. Teríamos a repetição da surpresa do Rio Branco?

Mas o Coxa virou e daí consolidou o placar, apesar de não ter feito uma boa exibição – conforme ouço e leio dos companheiros presentes ao Alto da Glória. Aliás, boa exibição tem passado longe do repertório recente da equipe. Por isso vai precisar se apresentar ainda muito melhor que isso nos compromissos que terá pela frente, caso pretenda levar o turno. Mesmo porque seus próximos adversários serão dos mais complicados: o Arapongas, que saiu tonto da goleada sofrida hoje, mas é sempre osso duro nas partidas em casa (enquanto o LEC pega e moleza do Iraty, em casa); e o próprio Londrina, na disputa direta que deverá apontar os destinos do campeonato. E que, mesmo em se tratando de partida em casa, dá para se desconsiderar qualquer favoritismo.

De agora em diante será exclusivamente entre os dois, pois o Atlético, que já vinha correndo por fora, já está definitivamente descartado de uma possível disputa pelo turno – o que lhe permitiria o título estadual sem decisão extra. Ainda mais se apresentando tão frágil e sem inspiração quanto nessa partida contra o Roma. Fez 1 a 0 no rebote de um pênalti (que existiu), teve um pênalti reclamado em Manoel (que não existiu) e sofreu o gol de empate no momento em que vinha sendo dominado pelo adversário – que apenas luta e se debate para não ser rebaixado.

E o técnico Juan Ramón Carrasco mostrou novamente que não tem a mínima cintura para lidar com esquema tático. Só tem o dele, nenhum outro. E vai preenchendo as posições em campo com os jogadores que tem à mão, sejam quais forem as características desses. Canhoto, destro, baixinho, gigante, gordo, franzino... não interessa. Entrou na posição tem de jogar daquele jeito, não há variações táticas. E aí, dá no que deu, o insosso empate fora de casa.

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