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 | Roberto Custodio / Jornal de Londrina
| Foto: Roberto Custodio / Jornal de Londrina

Bem que o torcedor mais ferrenho do Londrina se esforçou. Mas não houve como impedir a significativa presença de público na partida entre América-MG e Palmeiras, realizada dias atrás, no Estádio do Café. No dia da partida lá estavam mais de 22 mil pagantes, praticamente o dobro do que de melhor foi registrado em público nas partidas do Tubarão pela Série B.

Nos jogos do Londrina em casa os torcedores estão expondo faixas com os dizeres “quem é de Londrina torce para o Londrina”, em campanha que também se espalha pela cidade e ganha adeptos em diversos segmentos da informação e da opinião pública. Mas daí a superar a paixão do torcedor local pelas equipes de São Paulo ainda há um grande espaço – que o tempo pode se encarregar de diminuir, à medida que o LEC mantiver o crescimento apresentado nas últimas temporadas.

Para toda uma geração, ver o Londrina forte é algo novo. Aquele esquadrão dos anos 60 (bicampeão) e depois dos 70 (terceiro do Brasil, entre outras conquistas) já fazia parte de uma história de passado brilhante, mas não obtinha respaldo num grande hiato formado entre os bons tempos e a ressurreição que se deu a partir da parceria do clube com o empresário Sérgio Malucelli, gestor e responsável direto pelo vertiginoso crescimento dos últimos anos, da segunda divisão paranaense à aspiração de vaga entre os promovidos à primeira divisão nacional.

A média de público no Estádio do Café já é bem melhor do que outras ainda recentes. E o mais importante: o predomínio da camisa alviceleste, substituindo as de clubes de fora, sempre maioria em partidas do Tubarão até bem pouco tempo. São torcedores que assumiram e se entregaram ao time, orgulho da cidade e da região. E que vão crescendo em número, com o acúmulo de sucesso em campo.

Ter um clube da cidade realmente representando a maioria da cidade é, certamente, questão de tempo. Quando encarar um Palmeiras, um Corinthians, um paulista qualquer e conseguir bom resultado, o torcedor local vai perceber a grandeza do time ali de perto, que pode, muito bem, bater no mesmo nível dos estrelados de fora.

Se hoje o Londrina ainda é o segundo time da maioria que torce pelos “grandes” de fora, certamente passará a ser o primeiro, com muito orgulho e satisfação.

E aí, com o passar do tempo, o Estádio do Café irá apresentar novas cores na arquibancada, fazendo o azul e branco sobrepujar os verdes, os alvinegros, os tricolores, selando a definitiva aproximação de carinho entre o clube que representa a cidade e os cidadãos orgulhosos desse time.

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