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Aquele gol do Julio César, nos instantes finais da partida em Maringá, passou a falsa impressão de maiores chances para o Coritiba recuperar a vantagem na partida de ontem, no Alto da Glória. Ficou apenas na impressão, pois foi o Maringá quem saiu comemorando a passagem à final do Campeonato Paranaense, 33 anos depois de ter decidido aquele título contra o Londrina, na "final caipira" vencida pelos londrinenses.

E o Maringá chegou com todos os méritos. Mantendo o treinador e a base da equipe que subiu da Segunda Divisão no ano passado, fez um ótimo campeonato, chegando a ocupar a liderança por várias rodadas e jamais deixando a posição entre os melhores da competição. Ontem, quanto mais o Coritiba apertava, mais abria espaço para os contra-ataques, chegando ao gol em um deles e perdendo outra chance incrível de marcar instantes depois.

Sim, o Coxa também teve chances. A maioria delas com Alex, um na cara do gol, sem goleiro, em bola espirrada. Mas foi muito pouco para quem pretendia chegar à decisão do campeonato e ao quinto título consecutivo. A desclassificação escancarou as carências da equipe e de suas deficiências técnicas, a ponto de o técnico Dado Cavalcanti (cobrado pela torcida após a partida) não ter opções de troca quando necessário mudar o jogo.

Essa é a realidade que os alviverdes têm de encarar nos próximos dias. O que tem hoje o Coritiba é muito pouco para o calendário brasileiro que se avizinha.

A outra chave

No sábado o Atlético passou por maus bocados contra o Londrina. Até que jogava bem, atacava mais, mas a falta de pontaria e a boa presença do goleiro Vítor impediram que a bola chegasse à rede. E como o time dirigido por Cláudio Tencati (técnico estudioso, competente) não é de se matar com a unha, os rubro-negros, de repente, se viram envolvidos pelos rápidos ataques, levaram um gol e quase outro, evitado por ótima defesa de Rodolfo.

O Atlético era mais entusiasmo, vontade... O Londrina mais disciplina tática, frieza. Claro que os londrinenses sentiam falta de Arthur, hoje seu principal atacante. E pior ficaram quando Bidía, irresponsavelmente, pôs a mão na bola e foi advertido pelo segundo cartão amarelo. Pegou o vermelho e deixou seus companheiros na mão, ainda no primeiro tempo.

Os meninos atleticanos souberam reagir, mas só depois da metade do segundo tempo. Graças à ótima movimentação de Marcos Guilherme (por que Marquinhos, se há tantos outros com esse nome?) e à sua sintonia fina na hora de finalizar. Fez dois gols e comandou o Atlético em uma vitória importante. Mas precisa carimbar a vaga nesse complicado jogo de volta, para não ver mais uma "final caipira", 33 anos depois.

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