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Que sufoco! Um a um os jogadores do Paraná Clube foram desmoronando no gramado do PV, tamanho o esforço em campo na noite quente de Fortaleza. A falta do ritmo de jogo de um time que fez apenas a terceira partida da temporada afetou o rendimento dos jogadores, que se entregaram ao máximo, até os limites extras. Tanto que alguns só permaneceram em campo pela impossibilidade de novas alterações.

E se o Ceará representava o primeiro grande teste para esse time dirigido por Ricardinho, a aprovação veio com louvor. Saiu atrás do placar, teve personalidade para empatar e virar e só não conseguiu manter a vantagem por absoluta falta de condições físicas. Mas o 2 a 2 pode ser classificado como um ótimo resultado, de motivar uma Vila Capanema lotada no jogo de volta.

Já no Alto da Glória, sem problemas. Acompanhei aqui de longe, de Fortaleza, mas vi que o ASA não foi mesmo páreo para o Coritiba. Agora a gente pode falar sem receio, mas bem que antes da partida deu um friozinho em cada um. É que o time não vinha convencendo, complicava as coisas na frente e qualquer distração na defesa poderia proporcionar um gol dos alagoanos. E aí o peso de fazer três gols seria muito mais sentido. Muito mais do que fazer os três gols ao natural, como ocorreu. Principalmente por virar o primeiro tempo já com a vantagem necessária para a classificação. E como o ASA teria de sair, ficou bem mais tranquilo administrar o resultado.

Sem surpresas?

Precisa dar tudo muito errado para o Atlético não se classificar na partida de hoje, contra o Criciúma. O técnico Juan Carrasco terá de se superar em criatividade e errar muito para comprometer a continuidade da equipe na Copa do Brasil (depois de inventar Manoel de avante e abdicar da disputa do segundo turno do Paranaense, praticamente entregue ao Coritiba). Mas pelo menos com base no time que põe em campo é de se imaginar estar de volta o lado bom do técnico atleticano.

Ainda que insista em Renan Foguinho na zaga, sem que este demonstre qualquer cacoete para frequentar a região da grande área. Não por ele, que até se esforça. Mas pelo entorno, pela falta de encaixe das peças defensivas, flagrante no gol sofrido domingo passado, no Barigui. O que houve com Rafael Schmitz, contratado para a posição? Na ausência dele, bem que poderia jogar Gabriel Marques, que tem origem no meio da zaga. Ou até mesmo Bruno Costa, que se dá melhor por ali do que pelas alas.

Tudo isso porque a diretoria também decidiu contribuir para a desestabilização do setor, rifando a possibilidade de permanência do zagueiro Gustavo. Assim, do nada, de um momento para o outro, como se ninguém soubesse do término de seu contrato para os próximos meses. Ele foi jogando, se firmando, ganhou a posição e era titular absoluto. Muito amadorismo de uma diretoria que tenta pregar conceitos de gestão profissional.

Mas ainda assim o Atlético é favorito para o confronto de hoje. Mesmo porque o Criciúma terá de se abrir para recuperar o resultado perdido em casa. E certamente vai oferecer espaço à velocidade de uma equipe (e aí sim, mérito de Carrasco) que sabe muito bem como atacar.

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