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Não há necessidade de encontrar justificativas. Senti alguns apressados tentando explicar possíveis razões da derrota de ontem para o México, em Dallas. E, ao mesmo tempo, pipocaram os incansáveis críticos de plantão (especialmente nas redes sociais) a diminuir o trabalho que hoje se faz na seleção brasileira.

Nem tanto lá nem tanto cá. Se o time vinha de duas boas apresentações – reconhecidas por todos –, ainda não tinha adquirido suficiente imunidade para superar todas as adversidades naturais de uma jornada de preparação. Que ontem surgiram, permitindo, em lances isolados, a incontestável vitória dos adversários. Lances isolados, pois um deles foi tentativa de cruzamento que deu em gol e outro um pênalti entregue de bandeja, enquanto o ataque brasileiro pouco fez de proveitoso, ainda que a equipe tivesse o domínio de boa parte da partida.

Mas, enfim, o resultado não interessa tanto e sim a intenção (tardia, é verdade, quantos amistosos foram desperdiçados por nada) de se montar um time qualificado para disputar a medalha de ouro na Olimpíada que se aproxima. A base é boa, os meninos são talentosos e aplicados. Mas ainda carecem de um pouco mais de malícia quando encaram seleções basicamente formadas por profissionais calejados.

O jogo de ontem teve, também, um aspecto importante: baixar a bola daqueles que já preconizavam a montagem de um supertime, por conta das folgadas vitórias sobre Dinamarca e Estados Unidos. Há bom potencial, ainda com muito a ser lapidado. O que não acontecerá, é certo, com vitória exuberante ou derrota catastrófica contra a Argentina, sábado que vem.

O problema maior é correr contra o tempo. Os jogos de Londres estão chegando por aí.

Defesa furada

Acompanhei meio assim, en passant, a partida do Paraná, sábado à noite, em Bragança Paulista. Por conta do horário, agendado anteriormente para outros compromissos. Mas, a televisão ligada ao fundo não me impediu de perceber o problema que aflige o técnico Ricardinho: a defesa.

Do meio de campo em diante as peças funcionaram bem. Tanto que as jogadas eram produzidas, as chances criadas, algumas aproveitadas e o rendimento esteve dentro do que o treinador poderia esperar.

Complicada mesmo foi a marcação. Enquanto o ataque se garantia lá na frente, a defesa se atrapalhava e permitia as ações ofensivas do Bragantino, permitindo o empate em 3 a 3, que retratou, em gols, a boa movimentação verificada na partida.

Não fosse essa desatenção (ou qualquer que seja a denominação favorita) dos beques, a primeira vitória na segunda divisão nacional poderia ter ocorrido fora de casa. Só por isso o resultado não pode ser considerado bom. Porque empatar com o Bragantino lá no campo deles não é para qualquer um.

É ponto conquistado fora, importante. Pena que o déficit em casa ainda é superior e há a necessidade de buscar por aí o que se perdeu na Vila Capanema.

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