• Carregando...

Quatro conclusões no jogo inteiro. Muito pouco para um time com a proposta do Atlético. E, para quem imaginava poder pontear no Campeonato Paranaense, a derrota de ontem à noite, em Cas­­cavel, aumentou a distância em seis pontos para o líder.

O Atlético esteve irreconhecível. Ou melhor, nem tanto assim, se comparadas às primeiras apresentações na competição. É um time sem jogadas e que sofre pela falta de inspiração, desde a concepção tática do treinador até a iniciativa de seus jogadores.

Após a partida, em Cascavel, finalizada a transmissão que fizemos para a RPC TV, o torcedor atleticano que reside na cidade (tem uma razoável torcida rubro-negra em Cascavel) queria saber o que acontecia com o time.

O que percebi foi que o técnico grita o tempo todo e suas ordens não são cumpridas. Aí ele troca as peças e também nada funciona. E aí engrosso a pergunta do torcedor: estaria aí o problema?

Oferta na prateleira

A torcida do Atlético não se conforma. Tantas foram as queixas e lamúrias nas redes sociais da internet que o nome Rhodolfo apareceu entre os top trends do twitter. E olha que aparecer entre os dez mais citados em todo o mundo é coisa para muito movimento.

Não pela saída do zagueiro, que já estava decretada havia um bom tempo – desde que a diretoria decidiu que ele e Chico não permaneceriam no clube na temporada de 2011. Na época não entendi. Como é então? O jogador é titular, destaque do time, mas não fica para o ano que vem? Como base em quê, se tem contrato por mais dois anos?

Simplesmente porque os cartolas entenderam ser o momento de negociar? E com esse ato já desvalorizaram o produto (é bem assim que o atleta é considerado), in­­cluindo-o na prateleira de ofertas. Oferta sempre atrai pechincha, pois significa interesse em vender. E assim se fez a história.

E o que começou mal terminou da maneira como a torcida não esperava: Rhodolfo no São Paulo. Logo no São Paulo, que virou a ca­­beça do Dagoberto, que provocou a fuga de Aloísio, que fustigou o abando de Jancarlos, que tirou o técnico Paulo César Carpegiani e o preparador-físico Riva de Carli – para discorrer apenas os fatos mais relevantes.

Perguntado sobre o assédio do São Paulo diretamente a Rhodolfo e sobre o relacionamento difícil entre os clubes até dias recentes, o presidente do Atlético respondeu de chofre: somos amigos e o relacionamento é o melhor possível. Marcos Malucelli, aliás, havia garantido e firmado palavra sobre o futuro do jogador: "Só será negociado com clube do exterior". Além da fronteira da Barra do Turvo ou do Rio Paranapanema – agora ficou bem claro. Tão claro quanto esse relacionamento amigável tem mão única, uma vez que os tricolores não fizeram o mínimo esforço para encaminhar a transferência do atacante Mazola para cá, liberando-o para negociar com o Japão.

Rhodolfo foi embora e certamente não é dele que a torcida co­­bra explicações. Ele apenas foi o objeto – na pura expressão da palavra – da transação. Afinal de contas tratava-se de mercadoria posta em oferta e com destino traçado fora do Atlético.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]