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O torcedor do Atlético pode até se lamentar pelas oportunidades perdidas, pelas ótimas defesas do goleiro Fábio, pelo lance legal de Paulo Baier anulado pela arbitragem (não dá para garantir que a bola entraria, pois o goleiro desistiu da jogada quando ouviu o apito), mas tem de reconhecer que o time jogou bem e não foi mais o mesmo de tantas decepções em apresentações fora de casa.

No confronto com o Cruzeiro o favoritismo natural tendia para os mineiros, que jogavam em casa. Mas o Atlético mudou as coisas em campo. Melhor distribuído taticamente, segurou a pressão inicial dos mineiros e foi à frente para abrir o placar e para criar as melhores oportunidades depois do empate dos anfitriões.

Até merecia melhor sorte, o que poderia significar uma lufada de ar na dificuldade para respirar nessa reta de chegada. O time jogou para frente, forçou o ataque e buscou o lance decisivo até o último esforço em campo.

Mas ficou no empate e ainda atolado na zona de rebaixamento. Pelo menos o resultado impediu o Cruzeiro de se desgarrar, tornando praticamente inviável a salvação rubro-negra. Da maneira como a situação ficou, o Atlético tem agora a obrigação de vencer o já rebaixado Amé­­rica-MG (em Uberlândia, no próximo fim de semana), enquanto torce por um empate entre Ceará e Cruzeiro, que fazem confronto direto em Fortaleza. A combinação permitiria sair da região perigosa, chegando à rodada final, no Atletiba, dependente apenas de suas próprias forças.

Quer dizer: a agonia continua. E por mais uma semana as contas serão feitas e refeitas, como que a servir de lenitivo para um sofrimento que parece não ter fim.

A pior campanha

Não vejo ameaça maior à campanha do Paraná Clube. Embora os números ainda provoquem insegurança pela possibilidade de rebaixamento, teria de dar tudo tão errado na última rodada que é inconcebível admitir a alternativa, mesmo que o futebol costume trabalhar com o imponderável em seus momentos decisivos.

A derrota no Recife já poderia ser esperada pela instável campanha tricolor nas partidas disputadas fora de casa. E, como tem rendimento um pouco melhor nos jogos da Vila Capanema, é de se esperar que a despedida da temporada não traga maiores sustos no próximo fim de semana.

Os jogadores pediram mobilização, ingressos a preço de liquidação para poderem contar com a força da torcida na exibição final da pior campanha do clube desde que voltou a disputar a Segunda Divisão nacional.

O Paraná Clube vai se livrar dessa, mas não sem deixar uma significativa cicatriz de tanta coisa errada ao mesmo tempo.

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