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Era esse o Coritiba que a torcida queria. Que marcou a trajetória inicial nesse Campeonato Brasileiro, liderou invicto por várias rodadas e depois perdeu o rumo, passando a se preocupar com objetivos menores. Certo que o gol a 15 segundos desconcerta qualquer adversário, mas não foi só por isso que o Grêmio foi goleado no Alto da Glória. Tampouco por estar se preservando para a partida decisiva da quarta-feira, contra o Atlético, pela Copa do Brasil. Serão boas desculpas, certamente, mas não têm a ver com o que se viu em campo.

O Coritiba foi soberano, fez logo o primeiro gol, correu atrás do segundo, em seguida, depois do terceiro, do quarto, como se não houvesse limite para uma boa vitória. A equipe parece ter encorpado novamente, a partir do retorno de alguns titulares do departamento médico, fazendo crescer outros jogadores que não rendiam tão bem assim. Como Julio César, por exemplo, artífice principal do triunfo de ontem. Fez o lançamento para o primeiro gol, a perfeita assistência para o terceiro e a linda jogada que originou o quarto, recuperando credibilidade com a torcida e merecendo os aplausos da arquibancada ao deixar o campo.Bela vitória, o Coxa renasceu.

Na raça

A precoce expulsão de Bruno Silva interferiu no rendimento do Atlético em Salvador. Expulsão irresponsável, diga-se. Lance lá no ataque, retomada de bola do adversário e um carrinho desnecessário e perigoso. Provocação, reação, empurrão, cartão vermelho automático e um problemão para os demais companheiros tentarem resolver no intrincado jogo contra o Bahia.

O Atlético vinha sendo melhor, apesar de uma bela defesa de Weverton, corrigindo um erro de saída com muito reflexo para tirar uma bola quicada em direção ao gol. Tivesse mantido a igualdade de jogadores em campo, agregaria muito mais chances que o Bahia, conforme demonstrou na reação do empate com um a menos, em jogada bem trabalhada entre Dellatorre e Éderson, que finalizou sem chances para o goleiro.

Quando os baianos tiveram também um expulso já eram os momentos finais da partida e o Atlético bem que tentou, mas não conseguiu sair do empate fora de casa. Bom pelo ponto conquistado fora, mas ruim pela situação geral da classificação, pois, aos poucos, o time vai queimando toda a gordura acumulada e que garantia relativa folga em relação aos seguidores mais próximos.

Valeu a entrega dos jogadores, tentando compensar a falta de um companheiro durante boa parte da partida. Mas, pela diferença técnica entre os times, seria jogo para vencer – com número igual de peças em campo. Ainda mais porque Goiás e Vitória venceram e apertam o cerco.

Pecado

O Paraná Clube não merecia a derrota em Joinville. Jogou melhor, levou um gol em falha da zaga (por que Alex Alves, o melhor de todos os beques, é sempre preterido?) e não conseguiu buscar melhor resultado. Agora a coisa apertou e o acesso já não aparece mais tão claro quanto dias atrás.

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