Mantendo o foco

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Faltou o toque final, o arremate. Para os dois lados. E por isso Corinthians e Atlético ficaram no 0 a 0, em Mogi Mirim. O Atlético teve mais posse de bola, foi melhor na marcação, mas não conseguiu nada de efetivo do meio de campo em diante. A não ser por alguns arremates de Mérida no segundo tempo e uma defesa de Cássio num belo chute de João Paulo.

O empate fora de casa não foi ruim para o Atlético. Perdeu a terceira posição para o Botafogo, é verdade. Mas ainda ocupa uma folgada quarta colocação, hoje a oito pontos do próximo seguidor, embora o Internacional possa diminuir essa diferença para cinco no jogo da noite, contra o Flamengo.

Paulo Baier fez falta (o presidente jamais vai concordar com isso), mas era o jogo da folga, da recuperação do capitão. E sem ele o time fica sem a ligação para o ataque e sem a quase perfeição do chute à meia distância, que os demais companheiros bem que tentaram e não conseguiram.

Não dá para reclamar do 0 a 0, não fez tanto para mais. Importante é se manter lá em cima. Mas que a vitória (seria possível pelo que jogou) teria sido fundamental para o futuro, isso lá teria.

Calções negros

Claro que não foram os calções negros que fizeram a diferença. Ou foram? Jura o torcedor coxa-branca amigo meu que se apressou em ligar assim que começou o jogo com um "com esse calção a gente ganha" que essa foi a diferença principal para a vitória do Coritiba sobre o Santos.

Pode não ter sido, pode ter contribuído, mas que o Coritiba tem mais cara de Coritiba assim, com seu uniforme original, isso tem. Parece que a camisa pesa mais, que influencia mais no rendimento dos jogadores. E, com ou sem interferência, participou da vitória tão aguardada nos últimos tempos.

E a torcida é que não seja a vitória do mês, como foram as duas anteriores, em 8 de agosto e 8 de setembro. Porque os três pontos conquistados foram fundamentais para manter o time respirando na classificação – ainda mais com a combinação dos demais resultados de ontem.

Pode não ter sido um primor de exibição, mas o Coxa já foi mais equipe, no sentido de conjunto, de grupo em campo. Alex ainda não está no seu melhor, mas tentou dar o toque de qualidade que o meio de campo requeria, porque lá atrás, com o retorno de Leandro Almeida, as coisas se resolveram e a zaga se solidificou novamente. Tanto que o Santos poucas chances teve e o goleiro Vanderlei só fez o burocrático da função.

Vitória importante para aplacar a crise que já ameaçava as estruturas do clube. E como disse aquele mesmo amigo meu dos calções pretos, "foi uma ótima goleada de 1 a 0". Daquelas para se respirar, puxar o ar bem no fundo e partir para dias melhores. Ainda mais que os demais resultados combinados teriam sido fatais caso a vitória não tivesse acontecido.