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Vira e mexe e o assunto cai no 7 a 1. Basta ter uma nova partida no Mineirão, o primeiro clássico, a primeira seleção ou a primeira goleada para a pauta do placar histórico se tornar novamente obrigatória.

Tal e qual em qualquer reencontro com a seleção uruguaia. Volta o tal do “fantasma de 50”, que já foi execrado pelos ghostbusters e não assombra mais. Primeiro, pelo fato de a maioria da população ser bem mais jovem do que os 66 anos exigidos para quem fosse vivo naquele remoto 1950. Segundo, porque de lá em diante o Brasil já atropelou o Uruguai em outros eventos oficiais, colecionando títulos e conquistas que já serviriam de lenitivo para qualquer assunto.

Mas não adianta, o brasileiro é renitente. E nós, da mídia, então, ainda muito mais. Em todo canto há a lembrança de ser esta de hoje, contra a Argentina, a primeira partida da seleção nacional no Mineirão após a debacle contra a Alemanha. Como seria a reação dos jogadores? – andam perguntando por aí.

Reação absolutamente normal de quem quer sempre ganhar da Argentina – seria a resposta, sem precisar esmiuçar que a grande maioria dos titulares de hoje não esteve presente naquela eliminação. E ponto.

O clássico de hoje merece toda a atenção pelo que ele representa para o futebol mundial. Com todo respeito às seleções e clubes europeus, é o maior clássico do planeta. Pela rivalidade eterna entre os dois países, formadores de craques inigualáveis no mundo da bola e por juntar, de um lado e de outro, os dois melhores jogadores da atualidade, Neymar e Messi, que, juntos (e mais o uruguaio Suárez), dividem as belas peripécias no ataque do poderoso Barcelona.

No primeiro turno, há um ano, em Buenos Aires, empate por 1 a 1 e jogo ruim, pois as duas seleções não convenciam. Tanto que os argentinos perderam Tata Martino enquanto nós conseguimos nos livrar de Dunga nesse meio tempo. E agora, o que se espera para hoje, é uma partida mais jogada, mais técnica, pelo ótimo momento vivido pelos brasileiros e pela extrema necessidade de os argentinos somarem pontos que permitam o retorno à zona de classificação – atualmente estão em sexto lugar, abaixo até da repescagem.

Prognosticar resultado em futebol é sempre complicado. Em clássico, pior ainda. Em Brasil x Argentina, isso pode ser potencializado ao extremo. Nunca há favorito, por maior que seja a distância de momento entre os dois escretes.

A certeza que se pode ter para este jogo do Mineirão é que será um embate como poucos, sempre à flor da pele, com momentos técnicos alternados com muita disputa e fome de bola. Por mais que todos sejam amigos e parceiros (Messi e Mascherano, por exemplo, vieram ao Brasil de carona com Neymar, em seu jato particular), na hora que a bola rola o sangue ferve. E ganha quem tem o privilégio de poder assistir.

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