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E a festa foi do Londrina. E da melhor maneira que o futebol gosta de apresentar, com vibração, emoção até o último instante e a decisão na cobrança dos pênaltis. O título seria justo para qualquer um dos lados, mas foram os londrinenses que conseguiram chegar, apesar do incrível equilíbrio em campo nas duas partidas – refletido nos dois empates da decisão.

O Londrina soube chegar e já vinha cozinhando esse título há alguns anos, desde que o empresário Sergio Malucelli decidiu revitalizar (ou seria ressuscitar?) o futebol da cidade, que se perdeu até ao ponto de ser rebaixado para a segunda divisão estadual.

Chegou a decidir em anos anteriores, questionou muito algumas arbitragens, mas dessa vez não teve outro jeito. Fez a festa em Maringá – que certamente se estendeu por Londrina, na chegada dos campeões --, galgando degrau a degrau até o momento máximo de o capitão exibir, com orgulho à mil, a bela taça que vai para a galeria do clube.

E é bom lembrar que não foi campeão por acaso, que não chegou à final por acaso. Depois daquela virada incrível sobre o Atlético, quando saiu do tudo perdido para uma redenção total, seria de se esperar tudo desses valentes londrinenses, que podem se orgulhar do grito de seus torcedores, nas arquibancadas do estádio Willie Davids e espalhados por aí: "Ôôô, o Tubarão voltou!".

O futuro

O mais importante agora, para vencedores e vencidos, é administrar o futuro imediato. Para campeão e vice a conquista foi muito importante, pois, além do resultado de campo, com a valorização do espaço de cada time na mídia nacional, houve o reencontro com a torcida, que assumiu a identidade de seus clubes, vestiu a camisa e coloriu, orgulhosamente, as duas cidades com as cores de seus times.

E é essa torcida, ainda inebriada pela emoção da decisão de ontem, que merece a maior consideração. Afinal de contas, deixou de lado as camisas de times de outros estados (torcia por conveniência, por falta de motivação local) para assumir por inteiro sua nova paixão. E agora, claro, quer continuidade. Que significa, no mínimo, a manutenção da base de suas equipes para a sequência do calendário nacional, pois ambos estão classificados para participar da Série D, a quarta divisão brasileira.

Tudo o que se deseja é que não sejam apenas figurantes, como tem sido registrado entre os últimos paranaenses que se classificaram. Mas que entrem como protagonistas, como campeão e vice do Paraná, apostando mais alto, no acesso à Série C, que já seria, no mínimo, garantia de calendário completo para a próxima temporada.

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