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O futebol paranaense está por conta dos pés vermelhos. O Coritiba já tinha capotado domingo para o Maringá. Ontem, foi a vez de o Atlético cair para o Londrina, permitindo uma "final caipira" 22 anos da última decisão entre clubes no interior paranaense, quando Londrina e União Bandeirante (ausência sentida no presente do futebol estadual) decidiram o título e os londrinenses comemoraram.

O Atlético saiu na frente, deu a impressão de poder manter a boa vantagem obtida no primeiro jogo. Mas caiu. A justificativa pronta do torcedor rubro-negro estava guardada desde a fase de classificação: "ah, mas é o time sub-23". Sim, ameniza, mas, no fundo do fundo, até mesmo o presidente rubro-negro, que despreza o campeonato estadual, queria ver esses meninos decidindo mais uma vez o título paranaense. Mas não foi ontem. Porque a defesa é muito fraca e foi permitindo, lance a lance, que o Londrina se estabelecesse em campo. A ponto de construir o placar gol a gol, sem que viesse do banco de reservas atleticano qualquer intervenção para tentar modificar o cenário favorável aos donos da casa.

O jogo foi marcante pela estreia de Adriano em partida oficial. Fez o possível, precisava mesmo se soltar (por que não antes, quando quis enfrentar Cianorte e J. Malucelli, por exemplo?) para ganhar ritmo e poder ser útil o grupo. Deu até assistência para o gol de Marcos Guilherme. Certa hora cansou. Mesmo assim jogou os 90 minutos, se arrastando nos instantes finais, passando a impressão de o confronto com o Londrina ter servido mais como um teste para o atacante do que um jogo decisivo. O Londrina, que não tinha nada com isso, saiu atrás do resultado e conseguiu. E a partir de domingo o foco do futebol paranaense vai estar no interior. Reabilitado, finalmente. Como há muito tempo se desejava.

Empurra-empurra

O Paraná vive um dilema. A diretoria, sem dinheiro, diz que a torcida só reclama, critica e não participa, desinteressada em se associar ao clube. Já os torcedores alegam não haver atrativo para aproximá-los do Tricolor e que não adianta pagar uma mensalidade para sofrer em dias de jogos. O problema é que a questão financeira dos paranistas já vem se arrastando há muito tempo, talvez desde os delírios de contar com Vanderlei Luxemburgo e seu grupo de jogadores. E, mesmo assim, naquela época pouco se fez para agregar mais integrantes ao quadro social. O que há de certo é que o clube que "já nasceu gigante" apequenou-se de tal forma que já se desgarrou do bloco principal e hoje, para desgosto de seus aficionados, tornou-se coadjuvante do futebol paranaense, alguns degraus abaixo de Coritiba e Atlético.

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