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Asa negra? Tem gente que acredita. Prin­­ci­­palmente no futebol, que permite manifestações puramente passionais em todos os sentidos, da mais boba ou ingênua superstição até o radical veto a uma determinada cor na vestimenta do dia a dia.

De minha parte, passo lotado nessas coisas. Mas reconheço a importância que muito dão às crendices e superstições. Como a história do tabu, que o técnico Mano Menezes fazia questão de não aceitar antes do amistoso de ontem, entre Fran­­ça e Brasil. Os times e os demais profissionais envolvidos eram outros – alegou, sem muita convicção.

O Coritiba já teve no Corin­­thians-PR (principalmente nos seus antecessores) um problema no passado. Dificilmente se dava bem em campo, por mais favorito que fosse. E ainda há quem pretenda fazer valer esse preceito para encontrar dificuldades na partida de hoje à tarde, no Barigui. Dizia-se o mesmo do Iraty, que chegou até a tirar o campeonato praticamente ganho pelos alviverdes com vitória em pleno Alto da Glória. Levou de cinco e só não sofreu mais porque a turma economizou energia.

Não vejo muita chance de se quebrar o embalo coxa. Claro que o futebol oferece surpresas, mas esse time passa por momento tão bom que transmite lá de dentro do campo um prazer de jogar pouco visto nesse futebol mercantilista de nossos dias. Somado ao quilate técnico de um grupo que oferece todas as condições de mu­­danças táticas ao treinador, o resultado que se espera é sempre o sucesso.

Há quem torça contra, evidentemente. Os protagonistas da partida da noite, por exemplo. Atlético e Cianorte vão se enfrentar já sabendo o placar de Corinthians-PR x Coritiba e, caso o inesperado aconteça, darão ainda mais importância ao jogo da Baixada. O Cianorte, em belíssima campanha, ainda dependendo exclusivamente das próprias forças para tentar chegar ao título do turno, pois o ponto de desvantagem pode ser tirado no confronto direto, na última rodada. O Atlético, de seu lado, secando a partida da tarde para também chegar à condição de depender apenas dos pontos em disputa com o líder, no Atletiba que se aproxima.

Só marketing?

Paulo Roberto Falcão vem aí. Restam poucos detalhes a serem acertados e poucas barreiras a serem quebradas para sua contratação como técnico do Atlético. Não consigo comparar a vinda dele com a de Lothar Matthäus, anos atrás. Aquela sim foi uma grande jogada de marketing, porque o alemão não conseguia comunicação com os jogadores e nada passou de bom ao grupo.

Falcão é diferente. Tem o mesmo peso de abertura de mídia e provado conhecimento técnico demonstrado nesses anos todos de comentarista da Globo. Se vier bem escorado, com um auxiliar técnico (ou assessor especial, feito Otacílio Gonçalves) que conheça as manhas do ofício, tem tudo para dar certo.

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