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O Paraná Clube está brin­­­cando com o perigo. Aos poucos foi queimando a gordura – pouca, mas suficiente – acumulada no início da Se­­gunda Divisão do Cam­­peo­­nato Bra­­sileiro e hoje se vê pe­­la primeira vez na desconfortável posição fora do grupo dos quatro primeiros na corrida pelo acesso.

Com um jogo a menos – já sei de pronto qual seria a resposta de qualquer um de vocês. Sim, mas um jogo a menos ainda a cumprir, o que não significa vitória garantida. O Santos que o diga, quando o adiamento de várias partidas levou-o a frequentar a zona de rebaixamento da Série A. Num primeiro momento não conseguiu assegurar os pontos das partidas atrasadas, perdeu jogos seguidos e somente no último fim de semana, por força do inesperado (se é que para esse Atlético é de se esperar algo inesperado, para o bem ou para o mal) empate atleticano com o lanterna América, na Baixada.

E esse jogo ainda por cumprir, cuja vitória devolveria o Paraná Clube ao primeiro pelotão da classificação, será fora de casa, sábado que vem, contra o Bragantino. Que pode não estar fazendo uma boa campanha, namora com a zona do rebaixamento, mas conta com bom rendimento nas partidas disputadas em casa – apenas uma derrota em todo o turno.

Sabem os tricolores que estão em jogo muito mais que pontos e classificação. O futuro do Paraná será escrito de acordo com a resposta da bola rolando, conforme reconheceram dirigentes do clube e empresários parceiros em matéria publicada ontem aqui nessa Gazeta. A ascensão à Primeira Divisão significará uma vitrine maior para todos, clubes e atletas, com o aumento dos recursos financeiros (da tevê e de outras fontes) e do espaço de exposição para despertar o interesse de olheiros internacionais. Caso o projeto fracasse, um novo recomeço, dentre os tantos já vividos nos últimos tempos, terá de ser assumido. Com mais dor e sofrimento.

Outro Grêmio

Enquanto Londrina e Toledo comemoram efusivamente seus retornos à Primeira Divisão do futebol paranaense, leio que a Terceira Divisão dá mais um tempo para ser iniciada, para a estreia do Grêmio Esportivo Maringá. Mais um Grêmio, em Maringá, desta vez um homônimo (pode isso?) daquele que foi o mais glorioso de todos, o bicampeão paranaense dos anos 63/64. O terceiro título estadual, em 1977, já foi do outro clube, o Grêmio de Esportes Maringá.

Pois o Grêmio, que já foi também Metropolitano na última Segundona estadual, reaparece na Terceira Divisão, tentando novamente reativar a marca que tanto marcou o futebol de Maringá das lotadas arquibancadas em tardes de domingo no estádio Willie Davids.

Hoje os caminhos são outros, os interesses são outros. Mas tomara que dê certo, embora as chances sejam pequenas, pelos tantos desvios que já cansaram o torcedor local.

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