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O torcedor do Paraná Clube até alimentou o fio de esperança de que as coisas poderiam dar certo. Depois daquele primeiro tempo burocrático de um clássico que parecia se manter insosso por mais tempo, os paranistas construíram por duas vezes o placar de vantagem e se deram ao direito de sonhar com dias melhores pela frente.

Não seria bem assim e a virada do Atlético recolocou as coisas em seus devidos lugares, acendendo a luz vermelha de perigo total na campanha tricolor. O risco de rebaixamento agora é altíssimo e se a vitória ontem daria ainda chances de depender de suas próprias forças (ainda que tivesse de chegar a um nível técnico jamais obtido até o momento), a derrota vai exigir uma aproximação com os santos milagreiros e com os condutores do imponderável no futebol.

As contas podem não ser precisas, pois o futebol não lida com números exatos. Mas há uma certeza: dos quatro jogos que restam, o Paraná Clube não pode perder nenhum. Talvez um empate ainda seja aceito, mas nem essa garantia é possível assegurar. E não há discurso de otimismo que possa amenizar o sofrimento do torcedor, que, anestesiado, até parece não mais se importar com esse tipo de informação.

O Paraná Clube deu alguns suspiros, mas não conseguiu interromper a queda livre rumo ao fracasso total.

É de se acreditar?

Já de seu lado, o Atlético ainda trabalha com possibilidades de conquistar o turno. A boa vitória de ontem reforça o pensamento positivo de quem tem agora que manter o ritmo de alta e não mais perder pontos nos jogos que restam até o Atletiba da penúltima rodada, quando haverá o confronto direto com o maior rival.

Além disso, tem de torcer para o Coritiba se enroscar a caminho do clássico nos confrontos que fará contra Roma (em Apucarana) e Corinthians-PR (em casa). A questão é saber se o Coxa deixará mesmo algum ponto nesses jogos, o que não dá para transparecer nas irretocáveis exibições da equipe nesse início de temporada.

Aliás, a impressão que se tem é a de que o Coritiba brinca com os adversários. Nada intencional, creio, mas puramente intuitivo. O time começa o jogo a toda pilha, garante logo de pronto dois ou mais gols de vantagem e aí puxa o freio, permitindo que o adversário tente se arrumar para arriscar um pouco mais no ataque.

É uma armadilha. E no sábado foi o Rio Branco quem caiu. Achou que poderia mais, diminuiu, empatou (a ponto de o atacante Eduardo Salles se empolgar e provocar a torcida coxa com o gesto pedindo silêncio) e não percebeu ter cutucado a fera com vara curta. Resultado final, 6 x 2, mantendo o ritmo de passeio de quem encontra na quebra de recordes a motivação extra para cumprir calendário à espera da confirmação do título estadual.

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