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E o Atlético continua na sina se sempre levar o gol do adversário para depois saber (ou não) o que fazer em campo. Estive ontem em Ponta Grossa e acompanhei (na transmissão da RPC TV) a derrota atleticana para o Operário, sem que houvesse uma tentativa mais consistente de reação.

Saio do estádio Germano Kru­­ger convicto que o Atlético ainda não estreou no campeonato paranaense. Mesmo nas duas vitórias, obtidas no tranco e sem definição de jogadas como seria de se esperar de um time que entrou para disputar o título estadual.

Pior que ainda teve dois jogadores expulsos, deixando transparecer um nervosismo que só pode ser creditado à insegurança dos jogadores em campo. A impressão que dá é a de que eles não acreditam no potencial do time. Ou do técnico, sabe-se lá.

A boa colheita

Três ausências de uma só vez. Desfalques consideráveis para qualquer equipe, um terço do time principal fora de campo.

Mas o peso pode não ser tão expressivo assim quando há peças de reposição de quilate aproximado. Como ocorre com o Coritiba, na partida de hoje, contra o Cas­­ca­­vel. O resultado do bom planejamento de contratações aplicado pela diretoria do clube estará ex­­posto nesse confronto do Alto da Glória, com a troca de titulares por re­­servas que poderiam muito bem estar envergando a camisa principal sem qualquer perda técnica.

O Coxa já não pôde contar com Leandro Donizete no clássico contra o Paraná. Principal marcador do time, com um histórico invejável em defesa das cores do clube e pronto para assinar novo contrato, foi bem substituído por Wil­­lian, que permanece titular para hoje.

E quando se poderia imaginar dificuldades na escolha de substitutos para Jéci e Rafinha, titulares inquestionáveis, suspensos, as soluções do técnico Marcelo Oliveira chegaram ao natural. Na zaga, Cleiton, dono de posição na temporada passada. Veja só o quão bem formado está o grupo. Há oferta de reservas conforme o lado do campo. Necessidade pela esquerda da defesa, Lucas Mendes é a opção. Pela direita, caso de hoje, Cleiton, sem deixar no ar qualquer receio pela sua produtividade.

A vaga de Rafinha teria pelo menos uns quatro candidatos, conforme a opção tática do treinador. Para um posicionamento mais cauteloso, Tcheco – o que não seria o caso de hoje, jogando em casa e franco favorito. Para atacar, Anderson Aquino ou Geraldo. Para manter um ritmo próximo ao padrão atual, Davi, sobre quem re­­caiu a escolha. Mesmo ainda tendo de pagar alguns quilos excedentes ao peso ideal, é meia de reconhecida técnica, com boa chegada na área e de inteligente movimentação em campo. Não com a mesma velocidade de Rafinha e tampouco com seus dribles curtos, mas se encaixa bem no perfil da equipe traçado por Oliveira. Nem que seja para meio tempo ou pouco mais que isso – enquanto seu preparo físico permitir –, quando alguém de nível técnico próximo estará pronto para entrar em campo.

E é assim que se constrói um time vencedor. O Coritiba investiu na profissionalização do departamento de futebol e nas suas ações pontuais, preenchendo as lacunas observadas por comissão técnica e diretoria.

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