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Ninguém sabe a saída. O técnico Celso Roth, na entrevista após a partida, declarou que se sente em condições de continuar comandando o Coritiba, apesar da incômoda e dolorida última colocação no Brasileiro. E, falando sobre os recursos técnicos à sua disposição, deixou passar um "vocês sabem o que nós temos" – como a dizer que nada mais é possível fazer do que vem sendo feito.

Nunca fui favorável à frenética troca de treinadores que o futebol brasileiro costuma promover, por conta de alguns resultados negativos. Mas, devo admitir que a situação de Roth está bem vulnerável, pois, se não tem culpa direta, por não poder contar com melhor qualidade técnica nas peças disponíveis, também parece ter esgotado o repertório de táticas, sem qualquer efeito prático.

Já tentou de tudo. Um atacante só, dois atacantes, três atacantes, sem atacantes, três zagueiros, dois zagueiros, dois volantes, três volantes... E nada funcionou. Se ontem a derrota nasceu da grotesca falha individual do volante Baraka (que, com limitadíssimos recursos técnicos quis dominar e fazer graça em lance que seria de se livrar rapidamente da bola), o jogo também mostrou não serem eficazes as soluções propostas pelo treinador. Como rotineiramente vem acontecendo.

E aí caímos naquela alternativa mais cômoda. Se não é possível refazer todo um grupo de jogadores a curto prazo, mais fácil é trocar de treinador, para contar com o efeito motivação que essa alternância de comando costuma proporcionar.

Talvez seja a única alternativa para sacudir um pouco o Coritiba, que, de tão amortecido, não teve forças para reagir ao gol advindo da falha individual. E, cá entre nós, contra um adversário que tem como objetivo apenas escapar das últimas posições, concorrente direto nesse mar de sofrimentos.

Ponto ganho

No Recife, abalado pela perda de Eduardo Campos, o Atlético conseguiu somar um ponto. Teoricamente, seria jogo para conseguir mais, mas o jogo não foi dos melhores e o Sport dominou boa parte do tempo, exigindo difíceis defesas do goleiro Weverton – que, afinal de contas, está lá pra isso.

O ponto fora vale para manter a boa classificação e a distância, ainda ao alcance, dos primeiros quatro colocados, zona de Libertadores.

O técnico Doriva Ghidoni ainda está tateando entre dois esquemas táticos, tirando e pondo um terceiro atacante para sentir as diferenças. Ontem começou a funcionar melhor quando Douglas Coutinho entrou em campo e as jogadas em velocidade começaram a acontecer.

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