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Luiz Gustavo no gramado do Mineirão depois da derrota para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Luiz Gustavo no gramado do Mineirão depois da derrota para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014.| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

E o que mudou nesse ano todo? Nada.

Passado um ano da humilhante goleada para a Alemanha na Copa do Mundo, com o reforço recente de uma eliminação para o Paraguai na Copa América, o futebol brasileiro continua exatamente igual. Nem mais nem menos, igual. Dentro e fora de campo.

Fora dele porque os cartolas pensam mais em se locupletar nos cargos, voltados somente ao próprio bem-estar e à própria exposição do que interessados no desenvolvimento de novos atletas ou na aplicação de novos conceitos de gestão. Tanto que qualquer medida saneadora se enrosca nos entraves criados pelos parlamentares ligados aos clubes e às federações quando chegam ao Congresso.

Dentro de campo porque os treinadores brasileiros ainda insistem em convocar jogadores que brilham em seus clubes executando uma determinada função e aí, na seleção, fazem com que ele desempenhe outra, que às vezes nada tem a ver com o que costuma produzir.

Mas isso já vem de tempos, não é de agora. Lembro-me de Ronaldinho Gaúcho arrasando no Barcelona, explorando a faixa esquerda do campo e ganhando o troféu de melhor do mundo. Meia-atacante, avançando com bola dominada e finalizando da entrada da área. Na seleção tinha de jogar pela direita, fazendo praticamente a função de armador. E assim, tirando alguns momentos, nunca brilhou como se poderia dele esperar.

E ele era um craque, muito acima da média. Imagine o que ocorre agora, com os jogadores medianos que a safra atual nos proporciona. Jogam corretamente e são valorizados na Europa por se submeterem aos esquemas táticos concebidos pelos treinadores de lá, seguindo conceitos que os técnicos daqui não adotam. E aí chegam para a seleção tendo de se adaptar a um padrão tático que nunca praticaram, pois deixaram o país jovens demais e ainda sem terem a formação definitiva de jogador.

E é justamente por isso que tenho pensado muito na hipótese de a seleção brasileira ser dirigida por um técnico estrangeiro, que entenda melhor a maneira como eles jogam por lá e saiba tirar proveito disso.

Já que não somos mais os melhores do mundo (e faz tempo), temos de seguir por outros caminhos até que possamos nos reencontrar. Não é mesmo?

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