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Primeiro de tudo, vamos admitir: foi um jogo muito fraco, longe da grandeza do principal clássico paranaense. Poucas foram as chances de gol, umas duas para cada lado, com a diferença de o Coritiba saber aproveitar uma delas e o Atlético desperdiçar uma incrível, com Marcão tendo tempo de escolher a melhor maneira de arrematar e permitindo a defesa de reflexo do goleiro Vanderlei.

O empate poderia ter sido o resultado mais justo? Pela divisão em campo, até que sim. Mas esses anos todos de futebol me ensinaram que o resultado mais justo é o que o placar final de uma partida registra. É o que vai contar pontos, o que vai para a história e para as estatísticas. O entorno serve apenas para o momento mais inflamado, tanto da comemoração quanto das reclamações.

O Atletiba pelo menos foi fiel aos propósitos dos dois treinadores. Marquinhos Santos, do Coritiba, escalou um time disposto a atacar, trocando um volante por um atacante. Alberto Valentim, de seu lado, fez o caminho inverso, substituindo um meia por um volante. E o que se viu foi o Atlético fechando todos os espaços, apertando a marcação e impedindo a movimentação de toque de bola que tem marcado o Coxa neste Brasileiro.

Só que isso amarrou demais a partida, pois não havia canal de escape para as jogadas de frente dos rubro-negros, que insistiam nas bolas longas e altas para os seus baixinhos se virarem em campo. Mantinham a posse de bola, até atacavam mais no início do segundo tempo, mas não finalizavam.

E aí o Coritiba se mostrou novamente mortal. Mesmo com o adversário passando por melhor momento em campo, manteve o equilíbrio emocional, foi ao ataque e definiu. Novamente com Geraldo – talismã de Atletiba –, novamente com jogada iniciada por Alex. E o placar ficou por aí, o suficiente para devolver a liderança ao invicto Coritiba, enquanto o Atlético se debate na zona do rebaixamento.

Paraná em alta

Certo que o resultado estava mais uma vez na mão e o Paraná Clube permitiu a reação do adversário. E, a exemplo do que ocorreu em Minas, a vitória que vinha sendo construída em Florianópolis cedeu sua vez ao empate do Avaí. As circunstâncias dos dois resultados parecem ser diferentes, mas o importante é que o time deixou – mais uma vez – boa impressão, dando a entender que não é exagero projetar uma campanha de acesso à Primeira Divisão.

Ainda no sábado, lá na Ressacada, conversava com os colegas catarinenses, que se mostraram muito bem impressionados com a eficiência tática do Paraná Clube. No que têm razão, pois o técnico Dado Cavalcanti conseguiu dar um senso de conjunto ao time, que só tende a crescer e a produzir bons resultados. Ainda mais agora, quando começam a ser aproveitados os novos contratados, desta vez selecionados com critério e não por atacado, apenas para fazerem volume.

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