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Bem, vamos combinar, o resultado foi um achado. O Atlético do primeiro tempo de ontem foi um exemplo de como as coisas podem ser desencontradas no futebol. A defesa era um buraco e o time foi cedendo espaço ao (fraco) Vitória, que chegou com razoável facilidade à diferença de dois gols.

Naquele momento fiquei pensando na situação do técnico Miguel Portugal. Certo que não é lá nenhum Pep Guardiola, mas também não há como ser feliz tendo a diretoria ceifando seu trabalho quando imagina poder estar construindo o time ideal e a cada momento seus titulares vão saindo, vetados pelos cartolas.

E ontem, vendo o primeiro gol baiano, não há quem não tenha pensado: o Manoel faz falta, pois falta estrutura na zaga, ainda muito jovem e sem o quesito técnico a mais do zagueiro afastado simplesmente porque queria negociar um melhor contrato na renovação.

Mas, ainda assim, o espanhol conseguiu consertar as coisas. Levando em conta tratar-se de um adversário fraco, abriu mão de um volante, organizou o meio de campo com Felipe e mexeu muito bem na frente, com a entrada de Mosquito, esse menino que está sendo lapidado para ser sucesso na temporada.

O Atlético chegou ao empate em um jogo que parecia perdido. Ponto fora de casa, importante nesse campeonato, mais ainda no seu início (com o fato agravante de só jogar longe da torcida, quase sempre com maior número de torcedores contrários).

Enfadonho

Certo que o técnico Celso Roth avisou que primeiro trataria de fixar a defesa do Coritiba. Funcionou na estreia, contra a Chapecoense, lá no interior catarinense. Mas sábado, contra o Santos, bem que o time poderia ter apresentado um pouco mais. E ainda sem o Alex, pois é essa justamente a expectativa geral (coxas ou não), uma vez que o experiente ídolo já não tem estrutura para atuar em todas as partidas.

A defesa está bem, firme, bem protegida pelos volantes, com dois zagueiros de bons recursos técnicos. Tanto que o Santos pouco incomodou. O problema está dali para a frente, pois, sem Alex (de novo a mesma conversa) não há quem arme ou municie – o Coritiba precisa encontrar alguém assim. Robinho é um bom coadjuvante, foi importante na recuperação do ano passado, mas não é protagonista. O resultado foi ruim, claro. Ponto perdido em casa sempre pesa.

Buracos

Na sexta, o Paraná Clube teve de correr atrás do Joinville. Levou dois, empatou, mas depois teve de ceder à melhor presença em campo dos catarinenses. A defesa tricolor está uma peneira e os contra-ataques sofridos provaram isso, nos dois primeiros gols, resultantes de jogadas em velocidade. Os dois zagueiros estão jogando em linha e não há cobertura, pois falta um primeiro volante, que possa recuar e se postar entre eles. Cambará fez a função, mas não é a dele. Ele é segundo volante, o cara que sai com a bola dominada e vai até a frente. Quem poderia tapar esse buraco?

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