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Ficou aquela sensação de que poderia ter sido mais. Ainda no Estádio da Ressacada, jogando uma conversa fora para fazer hora até se dissipar um pouco daquele congestionamento monstro, natural após cada partida do Avaí em casa, trocávamos algumas ideias com alguns profissionais da RBS, responsáveis técnicos pela transmissão que fizemos pela RPCTV. E entre todos, uma certeza: tivesse mais iniciativa, o Coritiba deixaria Florianópolis com três pontos a mais.

Daria para ter certeza se fosse o Coritiba com a gana da vitória de quarta-feira passada, contra o Santos, na Vila Belmiro. Mas esse time que se apresentou em Florianópolis teve um comportamento bem mais tímido, aceitando o nivelamento com um adversário reconhecidamente mais fraco. E, ainda assim, só teve, a rigor, uma chance real de gol, naquela bola de Anderson Aquino que pegou na trave catarinense.

Tento encontrar explicações e não gostaria de creditar o futebol burocrático coxa à conta do técnico Marcelo Oliveira, mas que daria para ser mais ousado, empurrando o Avaí para dentro de seu próprio campo, isso lá daria. Mas aí me vem à cabeça o Atletiba de sábado que vem, que, queira-se ou não, mexe com a cabeça de todos os profissionais envolvidos no clássico – por mais que o discurso pró-forma queira dizer o contrário, que o importante é sempre o jogo da vez.

O Coritiba já vinha tentando curar os ferimentos impostos pela fraca arbitragem da partida em Santos, com sete titulares pendurados com dois cartões amarelos. E aí, talvez a necessidade de preservação tenha feito com que alguns deles se poupassem em bolas divididas, pensando nas consequências que uma suspensão poderia acarretar. Instintivo, nada forçado. Mais ainda quando Leandro Donizete levou o dele e foi automaticamente retirado do Atletiba.

E quando o árbitro interferiu diretamente, o time murchou de vez. Foi no momento em que Oliveira decidiu substituir Jonas (também amarelado e fora do clássico) por Maranhão. Jonas deixou o campo e o quarto árbitro liberou a entrada do substituto sem que o apitador visse. Ao perceber Maranhão em campo, ordenou sua retirada e aplicou-lhe o amarelo (também terceiro, fora do clássico), por entender ter entrado sem permissão.

O empate fora de casa não é mau resultado. Mas para esse jogo específico seria de se esperar melhor resultado do Coxa.

Revertério

Acompanhei a distância as informações da Baixada. O Atlético, que parecia ter encontrado um novo rumo, enroscou-se no América-MG e voltou à zona do rebaixamento. E justamente na partida em que menos se esperava, contra um adversário frágil e singelo.

O resultado serviu para mostrar que escapar dessa sina é bem mais complicado do que aparentou ser nas partidas mais recentes.

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