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Sem essa de balanço, que parece mais coisa institucional, daquilo de preencher o espaço disponível seja como for, na falta de informações mais quentes do dia a dia. Mas os meninos da Redação me ligaram dia desses para fazer um material de projeção para o ano que logo se aproxima. E o que poderia ser feito de melhor (ou para melhorar) em nossas equipes de futebol para a próxima temporada. Pensei, pensei e achei que poderia ser um bom gancho para esta última conversa que mantemos no ano.

Do Atlético o assunto foi o time sub-23 no Campeonato Paranaense. Medida correta? Em termos – respondi. Primeiro, por ter sido tomada mais pela birra pessoal do presidente com os estaduais do que qualquer critério técnico. E por isso não foi perfeita, embora tenha sido fundamental para a boa campanha do clube no Campeonato Brasileiro. O que faltou foi ritmo de jogo ao time, que ficou quatro meses brincando de treinar e de fazer alguns jogos-treinos sem a mesma pegada de partida oficiais. O resultado foi o desastre nas primeiras rodadas da competição nacional, gastando importantes jogos para entrosar a equipe. Tivesse utilizado a formação principal em algumas esporádicas e estratégicas partidas do Estadual, o Atlético poderia ter até disputado o título com o Cruzeiro. Vale a constatação para a próxima temporada, embora nada quebre a força da pirraça presidencial.

Ao Coritiba faltaram sorte e gestão. Sorte, porque os mesmos profissionais que montaram os times fortes, que por dois anos seguidos chegaram à disputa do título da Copa do Brasil, não acertaram na mão ao renovar o grupo de jogadores. E até mesmo aqueles reconhecidamente talentosos (Bottinelli, por exemplo) afundaram em um marasmo técnico inexplicável, a ponto de o clube mudar seu perfil de time de ponta, de chegada, para mais um a tentar escapar do atoleiro do rebaixamento. A gestão, de seu lado, se fragiliza quando há centralização de poder. A história recente do clube tem provado isso. Quando o presidente tem de abrir mão de seus assessores diretos (sejam quais forem as razões) e tratar pessoalmente do futebol é que alguma peça da engrenagem não está funcionando.

Sair do quase tem sido a obstinação do Paraná Clube. Só que o "quase" está cada vez mais próximo e agora falta muito pouco para a consolidação da chance de retorno à Primeira Divisão nacional, o alvo principal dos tricolores. Ao contrário de anos anteriores, quando o dinheiro acabava antes do ano e de roldão iam embora os jogadores, agora há pelo menos uma base técnica para o reinício dos trabalhos. E que pode se sustentar com um respaldo financeiro adequado, por mais que a torcida organizada (e aí está um exemplo positivo a quebrar conceitos) do clube se esforce para prover o caixa. O Paraná Clube está cada vez mais próximo da retomada. Talvez 2014 seja o ano.

Bom Natal a todos, que 2014 seja o melhor ano. A gente se encontra em janeiro.

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