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Um gol no primeiro mi­­nuto e tudo muda na história do jogo. Des­­carta-se aquilo combinado no vestiário e parte-se para uma nova tática, um improviso para tentar compensar o prejuízo.

No sábado o Paraná se enrolou e mostrou-se ineficiente para tentar reverter a vantagem do Goiás, ainda chegando ao empate nos instantes finais, mas sem conseguir evitar a queda de posições em relação aos aspirantes ao acesso para 2012.

Ontem o mesmo se deu com o Coritiba, levando de pronto o gol do Internacional – e numa rara falha de Leandro Donizete. A impressão era a de estar seguindo pelo mesmo caminho. E escapou por pouco, safando-se de bola na trave e da grande pressão gaúcha no primeiro tempo.

E se chegou ao mesmo placar dos paranistas, comemorou o Coxa. Primeiro, pela defesa do goleiro Vanderlei no pênalti batido por Cléber. Depois, pelo empate conquistado fora de casa, já que não é fácil tirar pontos do Internacional no Beira-Rio. Se nada muda na posição da classificação, o empate no Sul mantém a equipe focada na competição, com chances de progredir, principalmente pela razão de ter os dois próximos jogos no Alto da Glória. Mesmo com adversários encardidos, a projeção de seis pontos conquistados permite a aproximação com os times que pontuam lá em cima, oferecendo uma nova versão para o discurso do grupo: Libertadores.

E aí já está estabelecido o desafio: terá retomado o Co­­ritiba a maturidade para fazer valer os pontos disputados em casa? Se assim for, o futuro será promissor.

No limite

Do Atlético não é para se esperar mais do que isso mesmo. O Figueirense até se dava por satisfeito com o empate, mas sentiu haver espaços e arriscou alguma coisa lá na frente. E criou, a rigor, as situações mais perigosas de gol, na partida de ontem à tarde, na Baixada.

Foi dos atleticanos o maior tempo de bola, mas sem ser possível assinalar qualquer chance mais aguda de gol. Daquelas de se lamentar pelo erro fatal ou pela ação de goleiro ou zagueiro adversários. O que já não dá para se dizer dos catarinenses, principalmente pelo que foi criado no primeiro tempo.

O técnico Antônio Lopes bem que tenta, arranca alguns dos últimos fios de cabelo restantes, mas na prática o time não consegue realizar o que foi combinado durante a semana. E dessa vez foi uma semana cheia, só para treinos, para ensaiar jogadas, que parecem funcionar apenas nas movimentações do CT do Caju.

Em determinado momento do jogo até mesmo o torcedor, sempre barulhento, arrefeceu e mostrou resignação com o rendimento de seu time em campo. Como se já estivesse admitindo o pior que estiver a vir pela frente, o forçado passeio pela segunda divisão.

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