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No terríveis carnavais dos anos 80, quando eu ainda desfilava nas fileiras do movimento punk, fui convidado, eu e meus comparsas, a desfilar na Avenida Marechal Deodoro com a então Escola de Samba "Não Agite" do primeiro grupo do outrora animado carnaval de Curitiba. A escola ensaiava embaixo de uma arquibancada do Estádio Couto Pereira, onde o som reverberava no concreto criando uma bateria fantasma que embolava tudo. O convite a este inusitado local veio, salvo engano, do jornalista Luís Cláudio de Oliveira, vulgo Lobão.

O enredo da G.R.E.S. Não Agite era "Rua das Flores", e nós, rápidos como uma lâmpada, nos escalamos na ala do malmequer. Ficamos lá, eu, os poetas Marcos Prado e Sergio Viralobbos e mais uns quinze punks tomando cerveja e escutando aquela batucada de ritmo duvidoso, paradões.

Foi quando um sujeito simpático chamado Lima nos abordou com uma conversa, dizendo que ele era o presidente da escola e que teríamos de sambar pra sair na avenida com a Não Agite. Nossa resposta foi um rotundo não e um convite para umas cervejas no agora extinto Bar do Lino. Ele foi.

No bar, sentados, conversando sobre futebol e cantando antigos sambas, o Presidente Lima me contou uma história sobre o time do Caramuru, de Castro, do qual fôra também presidente, quando o esquadrão castrense quase foi finalista no Campeonato Paranaense de mil novecentos e lá vai pedrada. Hoje, quase 30 anos depois, da história propriamente eu nem me lembro mais, mas jamais vou esquecer o emblemático ataque do time do Caramuru de Castro: Jesus, Santinho e Dinheiro.

Já a "Não agite", rebaixada naquele ano e de novo no ano seguinte, foi ainda reduzida a bloco antes do triste fim, reduzida agora a cinzas.

Novidade francesa

O time do Nantes, penúltimo colocado no Campeonato Francês, andou inovando no jogo contra o Paris Saint-German. A cada escanteio contra o PSG os jogadores do Nantes formavam uma fila indiana na marca do pênalti à espera da pelota que seria alçada à área. No momento que o batedor partia para a bola a fila se desfazia e os cabeceadores em tresloucada carreira corriam em várias direções, na esperança de confundir e ludibriar seus marcadores. Nenhum gol foi feito em tal jogada, por enquanto e o Nantes provavelmente caia para a Segunda Divisão.

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