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Em 2008, Felipe Massa e Lewis Hamilton protagonizaram a decisão mais eletrizante de todos os tempos da F1. Que fique claro: não estou dizendo que foi o melhor duelo por um título envolvendo os dois melhores pilotos do planeta.

Quero dizer que o GP do Brasil de três anos atrás é daqueles que, daqui a algumas décadas ainda servirá de base para documentários épicos. Afinal, a história em si é incrível: um piloto vence a corrida, vira campeão do mundo e, 38 segundos depois, perde o título por uma ultrapassagem na última curva de seu rival na disputa pela quinta colocação.

Nem mesmo um criativo (e apelativo, talvez) roteirista de Hollywood poderia preparar um final tão emocionante. Estivesse vendo aquela corrida na tela de cinema, eu teria achado nem um pouco crível. Mas eu estava lá em Interlagos e, como muitos jornalistas na sala de imprensa, saí para a área de entrevistas com os pilotos tendo a certeza de ter presenciado uma decisão histórica.

E o que o futuro reservaria aos dois personagens? Vendo o GP da Índia, disputado ontem, vimos que em três anos a situação é bem diferente daquela decisão histórica de 2008.

Sou daqueles jornalistas que acreditam que a rivalidade é fundamental para um esporte como a F1. Quem viveu os anos 1980, com duelos Senna x Prost, Piquet x Mansell, sabe bem como este tipo de disputa apimenta o interesse pelas corridas.

O problema atual da rivalidade de Massa e Hamilton é mesmo a fase que os dois estão passando. Se a batida no circuito indiano fosse uma briga pela liderança, a história seria bem melhor. Mas o problema deles é outro: ambos não estão acompanhando o ritmo de seus companheiros.

E isso não é crítica apenas aos dois: Mark Webber é outro que também tem feito uma temporada deixando a desejar em 2011. Por isso, nada mais emblemático que o pódio do GP da Índia tivesse Sebastian Vettel de Red Bull em primeiro, Jenson Button de McLaren em segundo e Fernando Alonso de Ferrari em terceiro. Um retrato fiel dos melhores pilotos da temporada 2011 – e de suas vitórias internas em cada uma das três melhores equipes.

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