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Sebastian Vettel, piloto a ser batido em 2012, durante treino no circuito de rua de Albert Park, em Melbourne | Scott Wensley/ Reuters
Sebastian Vettel, piloto a ser batido em 2012, durante treino no circuito de rua de Albert Park, em Melbourne| Foto: Scott Wensley/ Reuters

A temporada 2012 co­­meça com muitas no­­vidades na F1 e por aqui não poderia ser di­­ferente: neste ano, escreverei neste espaço na Gazeta do Povo também aos sábados (véspera dos GPs), e as análises depois das corridas seguem em seu formato e dia tradicional, na segunda-feira.

Nesta primeira corrida de 2012, é difícil não escapar da tentação de "arriscar na futurologia" para prever, afinal, como será a temporada deste ano. E só mesmo depois da disputa da classificação (encerrada depois do fechamento desta edição) é que o cenário ficará mais claro em relação à pergunta óbvia: quem vai poder parar Vettel a Red Bull?

Além da ascensão da Mc­­La­­ren, outros dois carros com motor Mercedes parecem ter fôlego para se intrometer nesta briga: justam ente a equipe oficial da montadora alemã, com Nico Rosberg e Michael Schu­­macher. Não digo isso porque o heptacampeão liderou a segunda sessão livre na sexta: afinal, todos andam com diferentes níveis de combustível e a pista estava molhada, servindo pouco como referencial.

A questão é que o pacote técnico de 2012 da Mercedes ga­­nhou um upgrade. Além da ní­­ti­­da eficiência do motor Mer­­cedes (o que também pode im­­pulsionar a Force India no pelotão intermediário), uma solução aerodinâmica criada pelo gênio Ross Brawn é apontada como grande diferencial da equipe.

Chamado de duto W, ele tem um mecanismo que opera independente da ação do piloto (ao contrário daquele de 2010, o du­to F, que obrigava o piloto a tirar a mão do volante). Em poucas palavras, este dispositivo distribui com grande eficiência o fluxo de ar na asa dianteira em todos os tipos de situação (na reta e em curvas para direita ou esquerda) e em conjunto com o funcionamento da asa mó­­vel traseira (DRS).

Mas, e a legalidade do sistema? Na primeira vistoria em Mel­­bourne, tudo ok. Mas é claro que, se a Mercedes GP realmente mostrar grande evolução graças a esta inovação, a F1 pode rever novamente aquela chuva de protestos sobre os carros de Ross Brawn – como foi com sua equipe em 2009 e seus difusores. Por via das dúvidas, pode ter certeza: já tem engenheiros em todas as equipes trabalhando para copiar o sistema em seus carros. É assim na F1: se não po­­de vencê-los, junte-se a eles.

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