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Claudinho é o chamado atleticano de "quatro costados", para usar uma gíria difundida pelos colegas de rádio. Mas pode ser facilmente enquadrado na categoria dos "malas". Ou, ainda, no dos contras. Basta algo não ser escrito – ou falado – de acordo com as suas conveniências para o fã de Lucas e Adriano Gabiru se revoltar.

Antes de voltar ao Claudinho, com quem encontrei há poucos dias, por acaso, em um café na Rua XV, uma ressalva se faz necessária, como bem lembrou o colega de Redação André Pugliesi – "malas existem em todas as torcidas". Concordo plenamente.

É que o chato em questão é o Claudinho. Nem bem havia passado dos dez anos e já estava passando frio no então longínquo Pi­­nhei­­rão, desfilando com amigos mais velhos pela Vitor Ferreira do Ama­ral coberto com as cores rubro-negras. Período difícil, final dos anos 80, começo dos 90. Época de Manguinha, Niquinha, João Carlos Cavalo...

Ali floresceu a paixão, que se agigantou juntamente com o clube. À medida que o Atlético erguia um dos estádios mais modernos do país, construía um centro de treinamento invejável e conquistava títulos, Claudinho ia se transformando. Como quem renega o passado, só falava de 1995 para frente. Aí, obviamente, tudo no Furacão era melhor.

A personalidade moldada nos tempos de glórias, contudo, vem causando embaraços ao sócio número 001 do CAP, como gosta de dizer. Já perdi as contas de quantas vezes o Claudinho se viu obrigado a voltar atrás.

A última, no dia 16 de agosto. Claudinho não gostou de ler uma reportagem que avaliava, por meio de estatísticas, o desempenho de Morro García, principal contratação do clube, com a camisa vermelha e preta.

Nem bem terminou de passar o olho pela página e já estava com a mão no telefone para espernear co­­­m o pessoal da Redação. Falou de tudo para o pobre que atendeu a ligação. Cancelar a assinatura era o mínimo que iria fazer, tamanha a revolta.

Pois bem. Entre um e outro gole de café preto na Boca Maldita, e bem mais calmo, Claudinho me confidenciou que ele mesmo já havia vaiado o uruguaio. E que, vejam só, a matéria "nem estava tão errada assim". Mas não tinha tempo para prosa.

Saiu com pressa. Precisava reativar a assinatura, pois havia sido informado que o mesmo periódico prometera uma grande cobertura dos dez anos do título brasileiro do Atlético – sim, Claudinho, estava em São Caetano do Sul naquele 23 de dezembro.

Coisa de apaixonado. Vá entender.

Força, Ricardo!

Ricardo Gomes treinou por pouco tempo o Coritiba em 2001. O desempenho do time não foi lá essas coisas. Mas, fora de campo, ao menos uma passagem do treinador foi marcante. Convidado para um tradicional programa de futebol, Gomes ganhou uma caixa de vinhos de presente. Olhou, olhou... E nem bem as câmeras se desligaram, o treinador, com educação, repassou o "brinde" a um assessor. O vinho, dos mais populares, não atendia ao paladar do ex-zagueiro, ídolo em Portugal e na França. E especialista em vinho. Força, Ricardo!

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