Não precisa tanto

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Mesmo após o marasmo dos Estaduais, a primeira rodada do Brasileirão não empolgou. A não ser por um certo brilho de São Paulo e Fluminense, o nível técnico foi baixíssimo. Ruim para quem vê, mas ótimo para Atlético e Coritiba.

Apesar do abismo financeiro em relação aos "grandes", a péssima gestão da maioria deles faz com que ter um time minimamente organizado baste para fazer uma campanha sem sustos. Quem conseguir um algo a mais, como o Atlético no ano passado, briga por vaga na Libertadores.

O próprio Furacão foi novamente exemplo disso no domingo. Após fazer uma reformulação geral, inclusive abrindo mão de pilares como Manoel no elenco e Weverton no time titular, foi só aprontar uma correria com a garotada no primeiro tempo e se fechar no segundo para vencer o Grêmio por 1 a 0. Muito desfalcado na defesa, é verdade, mas o mesmo Grêmio que faz ótima campanha na Libertadores e colocou estrelas como Barcos e Zé Roberto em campo.

Claro que apenas isso não basta para uma campanha consistente. Com um elenco muito jovem e pequeno, comandado por um treinador sem pulso firme, se desorganizar será um risco sempre iminente no Furacão.

Algo parecido com o que aconteceu com o Coritiba de 2013. Após liderar o campeonato nas primeiras rodadas, o time foi minado por uma série de contusões, perdeu totalmente o rumo e só escapou do rebaixamento na última rodada.

Com Celso Roth é mais difícil isso ocorrer. Em apenas duas partidas comandado por ele, o time já mostrou uma cara bem mais competitiva. A diferença é gritante para quem viu a apatia que tantas vezes se abateu sobre as equipes das apostas Marquinhos Santos ou Dado Cavalcanti. Encaixado atrás, o Coxa ainda precisa resolver o crônico problema do ataque para evitar sofrimento e pensar em mais alegrias desta vez.

Série B

O mesmo vale para a Segunda Divisão. A primeira rodada foi cheia de empates e teve o bicho-papão Vasco não passando disso em casa com o América-MG, enquanto o Paraná aproveitou muito bem a chance de estrear contra um adversário mais fraco e largar com vitória fora de casa.

O Tricolor até parecia mais forte no ano passado. Mas aquele time se perdeu no momento decisivo e Dado Cavalcanti (de novo!), responsável por um bom padrão de jogo até então, não conseguiu mais corrigir a rota. De repente, é uma equipe simplesmente organizadinha e regular que está faltando na Vila Capanema para voltar à Série A. Além de dar um jeito de pagar os salários em dia, claro.

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