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O Imperador voltou. Ou, mais uma vez, tenta voltar. O que começou como boato, flertou com o folclore durante boa parte do dia, virou notícia com o desembarque de Adriano no CT do Caju, ontem.

Quer se recuperar e jogar bola, o que não acontece desde março do ano passado, pelo Corinthians. 21 meses de inatividade. Tempo que para qualquer jogador "normal" cobraria seu preço. No caso de Adriano, com todo o seu histórico e a recente cirurgia no tendão de Aquiles, preço dobrado.

Não há jeito de fazer qualquer análise do atacante (ou ex?) sem tocar nas polêmicas e feridas que acompanham sua carreira desde a morte do pai, em 2004, considerada por ele mesmo como o pivô da derrocada.

Há dois Adrianos. Como se fosse um personagem de desenho animado, o Imperador é constantemente tentado pelo anjinho e pelo capetinha (aqui nenhuma referência ao ex-atacante Edílson). Desde o fim de 2009, após a conquista do sexto título brasileiro pelo Flamengo com a participação brilhante de Adriano, é o lado vermelho que vence. O Imperador caiu em tentação.

Por isso há dois caminhos claros para o ex-candidato a melhor do mundo em Curitiba. Se ouvir o anjinho, Adriano ficará recluso no equipado CT do Caju, morando e treinando. Focado em perder quilos, recuperar o calcanhar e um mínimo de condição atlética. Querendo, ainda tem muita lenha para queimar. Fazer muitos gols em uma terra em que Walter, Hernane Brocador, Éderson e Magno Alves são os candidatos a artilheiros. Sem pressa, o Imperador põe todos eles no bolso. Com sobras.

Mas há sempre o outro lado. De mais uma tentativa de retomada do ex-flamenguista ser brecada pelos diversos prazeres da vida – nenhuma novidade para um artilheiro nato. De ter sempre uma confraria de braços abertos esperando pelo lado B do Imperador. Se Adriano aceitar, repetirá com toques de novidade – e requintes de crueldade – tudo o que faz constantemente há quase dois anos. Aí tudo vai para o ralo. Ganhará as manchetes sensacionalistas. Retomará o lado folclórico. Desta vez, com mais uma porta bem fechada. A última?

Libertadores e rebaixamento

A semana não será nada fácil para coxas e atleticanos. Expectativas bem diferentes. Os alviverdes juntam as forças de uma temporada desgastante para vencer o São Paulo em Itu e seguir entre os grandes do país. Os rubro-negros, depois da frustração na Copa do Brasil, precisam passar pelo Vasco (rebaixando os cariocas e dando uma mãozinha para o arquirrival) para sacramentar a vaga na Libertadores. Confio no sucesso das duas empreitadas.

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