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Volante é uma posição complicada no futebol. O jogador atua no meio de campo, mas tem uma preocupação mais de marcar do que de atacar. Além disso, precisa fazer a bola sair da defesa com qualidade. Quando é eficiente, praticamente não aparece dentro de campo, com todos os holofotes ficando com os atacantes. Porém são essenciais para um bom desempenho do time.

É o caso do Coritiba. Leandro Donizete e Léo Gago, eleitos os dois melhores da posição na eleição entre os jornalistas esportivos da GRPCom, mostraram a importância de jogadores de qualidade neste setor. Enquanto Rafinha, Davi e Marcos Aurélio seguem aclamados como os principais responsáveis pelo título invicto e a sequência de 23 vitórias consecutivas, alguns esquecem onde acabam normalmente as jogadas do adversário e começam as da equipe alviverde.

O Atlético é um bom exemplo de comparação. Na frente, Guerrón, Madson e Paulo Baier poderiam ter sido o trio atleticano que brigaria em igualdade com os baixinhos coxas-brancas. No entanto, atrás destes rubro-negros na maioria do Paranaense esteve Alê, que já foi dispensado. Sem contar atletas que até possuem uma qualidade maior, mas que chegaram no meio do Estadual e tiveram dificuldades em se adaptar, como Róbston e Kléberson.

O caso do Paraná é pior ainda. A mudança constante do time atingiu também os volantes. Alguém ainda lembra de Alan, que foi dispensado logo no começo do campeonato? Hoje ele joga como atacante no futebol baiano. Esquecido. Com o muito criticado Ser­ginho, o temperamento in­­­cons­­tante de Luiz Camargo ou a juventude em demasia de Bor­­ges – que chegou a ser im­­pro­­visado de za­­gueiro – fica difícil montar um meio de campo consistente.

Lógico que não foram só os volantes do Coritiba que foram bem no Estadual. No próprio Tricolor, Anderson foi uma surpresa agradável. No Ope­­rário, Cambará se destacou, o que deve levá-lo para a Vila Capanema na Série B. Deivid já demonstrou no Furacão que deveria ter sido mantido como titular desde o começo do Paranaense.

Mas é inevitável falar que Leandro Donizete e Léo Gago se destacaram. Juntos com Wil­­lian, o 12.º jogador coxa-branca, eles colaboraram para que o Coritiba fosse eficiente ofensivamente e defensivamente. Mais dois prêmios merecidos.

Há esperança

Mesmo com 20 dias de pausa até o começo da Série B, os principais acontecimentos no Paraná devem ocorrer já nos próximos dias. Será a hora de ver se a licença de Aquilino Roma­­ni fará realmente alguma diferença. Se for só uma dança das cadeiras, como ocorre há oito anos no clube, o futuro é tenebroso. Mas existe a esperança de que os novos integrantes da diretoria, que assumiram neste ano, possam ter uma voz de comando maior. Nesse caso, há esperança.

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