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Diante do excesso do politicamente correto, esta pra­­ga assassina da naturalidade e vigor das ideias, ver malucos como o piloto Kimi Raikkonen de volta ao circuito da F1 é um ligeiro refrigério para a mesmice.

Kimi é divertido, irreverente – e beberrão. Cochilou na última co­­letiva com a imprensa, essa chata – hic! O finlandês (taí um bom mo­­tivo pra encher a cara) não deve levar a sério essas campanhas de conscientização álcool x direção. "Se for dirigir, não beba" não se encaixa com ele.

Pudera, Raikkonen tem nome parecido com marca de cerveja – qual é mesmo? Mas duvido muito que ele firme o pulso antes de en­­trar no cockpit. Seria excesso de "zuuuum, zuuuum" nos ouvidos.

Imagine seus rivais lhe presenteando com um adesivo pra colocar em seu carro, algo como "Cui­­dado! Bebendo a bordo".

Felipe Massa comemorou a volta dos treinos de hoje, véspera do GP da Austrália. Não aguentava mais o zum-zum-zum, ou blá-blá-blá, segundo ele. Faltou assunto. Não tinha mais o que falar pra im­­prensa, essa chata. Se estava entediante para Massa, imagine para Kimi, com a garganta seca? Hic.

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Falando em garganta seca, cerveja e afins, Joseph Blatter foi recebido com mimos e churrasco por morubixabas de Brasília. Tudo na paz, largos sorrisos sem Ricardo Teixeira por perto. No cardápio o sororó envolvendo a venda ou não de bebida alcoólica durante a Copa brasileira, mais especificamente a cerveja que patrocinará a Fifa no Mundial tupióide.

Bem, de minha parte – e talvez de Kimi - nunca entendi a razão pela qual o Estatuto do Torcedor proibiu a venda das geladas em estádios. Nunca fiz mal a ninguém no tempo em que se podia tomar duas ou três cervejolas em campo.

E, depois, os mais prejudicados são os lojistas de dentro do estádio. A turba enche o caveirão pelos arredores e a única diferença que faz entre beber dentro e fora do estádio é que, repito, os quiosqueiros deixam de faturar com a proibição.

E, pior, perdeu a graça para marmanjões como este cartunista assistir a jogos no seco, quando ele está de folga, por supuesto. E não dirige depois que bebe. Até porque não tem automóvel.

Acho que vou juntar alguns beberrões e pleitear, com a brecha deixada pela Fifa, a volta do direito de uma estupidamente gelada no estádio – hic.

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Ricardo Teixeira largou o osso. Enterrou toneladas deles - sobretudo na Suíça -, mas largou a ossada da espinha dorsal do futebol brasileiro, a CBF. De que­­bra largou o ossinho do COL, deixando pro Ronalducho roer.

Teixeira era o Sarney da bola, o nosso Gaddafi dos estádios, o Osama Bin Laden dos gramados que pensávamos impossível derrubar.

Agora, cá entre nosotros, assumir em seu lugar um sujeito que rouba medalha de jogador júnior, não dá.

João Maria Marin deveria pe­­dir "eleições diretas já". Mas co­­mo sempre assumiu cargos pú­­blicos, inclusive o governo de São Paulo, em caráter "biônico", desconfio que teremos de fa­­zer mais uma campanha do tipo "fora!".

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