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Renato "Giacomo" Portaluppi disse ontem que vai "aproveitar a base da equipe que vem jogando, até pelo entrosamento e o ritmo de jogo". Madre Dios, isso que é otimismo com o time que derrubou os três últimos técnicos na temporada e, com dois miseráveis gols em oito jogos, segura o farolete da vergonha no Brasileirão.

Hoje, contra o Avaí, Renato Gaúcho contará com o péssimo time completinho. Não falta ninguém; da defesa ao ataque, todos estarão à disposição do novo professor na arte da bola – e malandragem, aí, meu nego.

"Giacomo" já alertou que não tem varinha mágica (apesar de as mais de mil mulheres desmentirem), porém terá de contar com bastante magia – de invejar Harry Potter – para fazer com que este mesmo time vença sua primeira partida, mesmo diante de um Avaí em crise, parceiro do Rubro-Negro no infortúnio, também sem vencer no torneio nacional e com pilhas no bolso para a lanterna.

RG acredita no time – e há outra alternativa? Acha que só falta melhorar a autoestima, fazer um carinho. Como time de futebol não é mulher, precisará muito mais do que isso. Em um jogo entre um roto e um maltrapilho, até dá para acreditar em uma vitória rubro-negra hoje na Baixada. Afinal é a estreia de "Giacomo". E aquele amontoado de jogadores dispersos vão querer retribuir o cafuné.

Talvez a varinha mágica, que Renato diz não ter, seja, parte dela, Santiago García, goleador no Nacional do Uruguai. "Goleador", aliás, é uma palavra que soa mágica, boa aos ouvidos da arrebatada torcida atleticana. "El Morro" está prontinho para estrear junto com RG; e é claro que a torcida deve estar mais ansiosa de ver o atacante uruguaio em campo do que Giacomo na beira do gramado.

Diante da esterilidade de bom futebol no Atlético, mais reforços deverão ser caçados incansavelmente. Marcinho está retornando de empréstimo ao futebol árabe. Será uma boa sua volta.

Renato, parodiando Tiririca, disse que a situação do Atlético é ruim, e que "pior do que está, não fica". Fica sim. É só observar o que o colorido palhaço vem fazendo na Câmara dos De­­­putados, em Brasília (DF).

O Coxa contou com um pouco de sorte na tabela de jogos para se reabilitar no Brasileirão. Vindo de derrotas para Botafogo e Cruzeiro e um empate com o Inter, teve no Ceará e Figueirense oxigênio para subir seis pontos no escarpado caminho ao topo da tabela. Deve aproveitar o encontro com o combalido Grêmio para mais três. Sim, um já seria bom.

É um exagero sete dias entre um jogo e outro. O Paraná enfrentou o Duque de Caxias no sábado passado e só hoje volta a campo, contra o ASA, em Arapiraca. Deus criou o mundo em seis dias. E deve ter dado muito mais trabalho do que jogar uma partida de futebol.

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