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Aí está uma solução pra acabar com o vandalismo após jogos. Bem, se não for a solução definitiva, ao menos ela é radical e pode causar grande impacto no futebol local.

Trata-se de proposição do vereador Tico Kuzma, cujo projeto de lei está em curso na Câmara dos Vereadores e deve ser aprovado.

A coisa é bem simples: responsabilizar os clubes pelo vandalismo praticado pelos seus torcedores – o que vem ocorrendo sistematicamente e sobretudo depois de clássicos. A lei seria aplicada apenas em dias de jogos em Curitiba.

O clube então é notificado e teria 30 dias pra consertar ou pagar os estragos de seus "magníficos torcedores". O não cumprimento da lei impediria o clube a ter público no jogo subsequente ao descumprimento, mais multa de R$ 10 mil, com valor dobrado na reincidência.

Por que a lei é boa? Porque os clubes terão de ir pra cima das organizadas cobrar a grana – e consequentemente mudança de atitude, o mais importante. As TO’s possuem endereço e CNPJ e cadastro dos membros; "facinho facinho" de serem identificados e cobrados pelos danos ao clube, não mais ao município e a população que não tem nada a ver com isso.

Amigos acham um absurdo responsabilizar os clubes. Eu não acho. Quem pariu Matheus, que o embale.

Então o resultado é que, ou esses "torcedores" param com a quebradeira nas ruas, ou eles quebram seu próprio clube e, consequentemente, a si mesmos.

É bom que se diga também que nem todos os torcedores de organizadas praticam vandalismo. Tenho alguns amigos de organizadas que são tão pacíficos quanto Mandela ou Gandhi. Mas, infelizmente, todos terão de pagar o pato – ou o mico.

Amigos acham um absurdo responsabilizar os clubes. Eu não acho. E, claro, vamos discutir este assunto "ad eternum".

(Cesare Beccaria, filósofo e humanista do século XVIII, autor do clássico Dos Delitos e das Penas, escreveu algo como "não é a intensidade da pena que produz o maior efeito sobre o espírito humano, mas a extensão dela")

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Mussa José Assis era tranquilo e infalível como Bruce Lee. Na redação do extinto O Estado do Paraná – o que é uma pena o sumiço deste matutino –, Mussa chegava de mansinho, feito gato, pelas costas, e ficava observando este cartunista desenhar. Quando eu o percebia, parava de desenhar e dizia a ele que ser observado naquele momento era um tanto constrangedor. Ele me dizia que só estava ali porque achava divertido ver alguém desenhando; só queria ver. Mas eu não seguia com o trabalho sob seus olhos. Daí ele ia, de mansinho, embora. Saudades desse cara.

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