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Mais do mesmo. Esta frase é tão batida quanto o tapete da sala da vovó é pisoteado. Mais do mesmo foi o que aconteceu na Arena e no Engenhão, na quinta-feira. Mais do mesmo, novamente, de novo...

O Atlético partiu para cima do Vasco e foi para o intervalo com 2 a 0 no bolso, deixando a torcida nos quiosques de lanches usando os dentes para mastigar e sorrir, confiante nos três imprescindíveis pontos. Porém o time voltou para o segundo tempo achando que estava rico, que não precisava mais trabalhar.

Esperou os cruzmaltinos na defesa e tomou um, dois e, ó vida, cedeu o empate. Tentou retomar o ataque e quase levou a virada, o que seria ainda mais do mesmo desastroso futebol.

O torcedor, ainda crente na escapatória da Série B para a temporada do ano que vem, apoiou até onde deu, mas no fim sobraram vaias ao time e ofensas mútuas entre a própria torcida. Uma folia só.

O Atlético conseguiu fazer ainda pior do que fez no jogo contra o Flu, pela 24.ª rodada, também na Arena, quando levou o empate por 1 a 1 no fim da peleja. Desta vez, contra o Vasco, a vantagem não era de apenas um gol, eram dois, catzo!

Empatar com o vice-líder não seria um resultado ruim, não fossem o desespero que se vê na tabela de classificação e o próprio jogo. Sendo assim, pior impossível. Bem, é verdade, o pior é possível.

Amanhã tem outro carioca, o ter­­ceiro colocado, Botafogo, no En­­­­ge­­nhão. Sim, senhor, pior é possível.

Já o mais do mesmo do Coxa é o mesmo de sempre: joga bem, às vezes melhor que o adversário, não faz os gols necessários e assiste bolas entrando em seus fundilhos.

O Alviverde sentou passivamente na cadeira e permitiu que Fred fizesse barba, cabelo e bigode, para encerrar a noite no Rio trazendo para Curitiba um decepcionante 3 a 1 na bagagem.

Fred é o tipo de centroavante que se piscar ele faz gol até de bicicleta, como foi o primeiro do Flu; o segundo com o pé mesmo e o terceiro de cabeça. Se tivesse mais tempo faria um de bunda, ou de barriga, sei lá.

Fred é parecido com Leandro Damião, outro camisa 9 matador, que nos faz mirar Bill com um olho em seu futebol e outro em seu contrato – vence quando, mesmo?

O mais do mesmo do Coxa tem sido assim: jogo em casa, avança duas casas na tabela; jogo fora, volta para seu posto, a décima posição, onde tem cadeira cativa.

O que esperar da dupla Atletiba nesta reta final do Brasileirão? A resposta, ao menos para este cartunista e dublê de cronista esportivo, é: a mesma coisa, mais do mesmo.

Mas uma coisa que não vem se repetindo no Brasileirão é o de­­sempenho dos times cariocas. Nun­­ca vi isso antes. Até pouco tempo atrás, os quatro fluminenses eram verdadeiros sacos de pancadas, sempre pendurados próximos à ZR.

Hoje ocupam as seis primeiras colocações, três deles dentro da Libertadores.

Que cidade, digo, situação ma­­ra­­vilhosa, não?

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