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Ontem este cartunista foi almoçar no CT do Caju, pelas mãos do Prof. Heri­­berto Ivan Machado, enciclopédia ambulante do futebol paranaense, sobretuto da história do Clube Atlético Paranaense, e Lu­­cas Duarte, amigo e jornalista lotado nos corredores do Barcelona (em férias no Brasil).

Com quase quinze anos como penetra no futebol made in Para­­ná, este chargista ainda não conhecia o famoso CT. Não foi por falta de convites, mas calhou de ir só agora. Coisa de última hora. Va­­mos? Vamos!

Na saída, Prof. Heriberto ao volante. O carro era de Lucas. Per­­guntei ao professor o que fazia ali na boleia. Náuseas como passageiro. O jeito foi Lucas dar a direção a ele e nós dois é que sofremos as vertigens até o CT. Prof. Heriberto é um exímio motorista, mas pé de chumbo. Disse-lhe que se não fosse professor de literatura seria um ótimo piloto de Fórmula 1.

Na entrada do CT, o professor cumprimentou um a um, recepcionado com alegria e apresentando Lucas e eu a todos. Apertei tantas mãos que daria para aplaudir um time campeão por uma temporada inteira.

No hall de entrada, na galeria de troféus, perguntei pelo de 2001. Prof. Heriberto sabe onde está cada um deles. Cadê o do vice-campeonato de 2004? Este não fica aqui, respondeu. E o do vice da Liberta­­dores? Não existe troféu de vice na Libertadores. Não?!? Não.

Nisso chega Geninho, em direção ao restaurante. Geninho é um gentleman. Tanto que em dez minutos me folguei: "Dá para ir com este time no Brasileirão?". "Digo aos atletas que eles estão em um vestibular", respondeu Ge­­ni­­nho, completando que "os que passarem pelo exame, irão em frente". "Precisa de reforços?". "De­­pende deles. Eles decidirão isso até o final do Estadual". Não precisava dizer mais nada. Fomos almoçar.

Cozinha superequipada; buffet servido por garçons; comida saborosa. Gente bonita e educada. Lucas falou sobre particularidades do futebol espanhol. Geninho contou que passou um frio de rachar concreto na Itália. Ou foi na Rússia? Sentados à mesa também estavam Clewerson e Gustavo, da assessoria de imprensa do CAP.

Quando Geninho e Prof. Heri­­berto passaram a prosa para pescaria, ficamos apenas nós três na mesa. A pesca me agrada e ouvi atento. Prof. Heriberto entende do assunto, mas Geninho pareceu entender mais. Em sua casa, em Santos, separou equipamentos para pesca em rio e mar. Heriberto conhece vários paraísos pesqueiros.

Envergonhado com meu currículo, acompanhei apenas com um rã-rã de vez em quando (nos fundos do CT tem um açude abastecido por poço artesiano, com lambari e tilápia, mas isso só interessou a este bagrinho.)

Depois do almoço fomos passear pelo CT. Entra e sai por um labirinto cheirando limpeza. Resul­­tado do zelo de senhoras sorridentes. Encontramos Lucas, Claiton e Guerrón, também com largos sorrisos. "Belo voleio aquele, hein, Guerrón?", disse Heriber­­to, imitando o chute. "Faça mais desses".

Assistimos meia hora do treino da tarde e fomos embora. Na volta fiquei pensando que todos os torcedores deveriam conhecer o CT. Bem, melhor não. Depois eles não se conformariam quando o time jogasse mal na Arena.

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