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Não deve haver coisa mais irritante para o torcedor quando seu time embala e junto às boas notícias da rodada vêm notas de negociações de jogadores ou peças fundamentais.

Mal o Atlético saiu da zona de rebaixamento, por conta das três últimas rodadas – o empate heróico com o Figueirense, por 3 a 3, em Floripa, os 3 a 0 na Ponte Preta, na Baixada, e os 2 a 1 no Fluminense, no Rio – e a crônica da bola vem com essa que Vadão estaria sendo paquerado pelos dólares árabes. O técnico pós-mandato-tampão de Givanildo não nega nem afirma, só espera.

Vadão irá comandar o CAP contra o Santos, na Arena, pensando nos desfalques do "santo" Cléber e Alan Bahia (Marcelo Silva e Ferreira são mais substituíveis) e nos petrodólares, que irão triplicar ou quadruplicar seus soldos (Ê, vidão, Vadão!).

– Ah, não! Agora não!!! – protesta o fanático, pensando no porquê de os árabes não terem vindo levar o Givanildo quando ele mais precisava se livrar de um técnico.

Caso Vadão vá, virá mais um desses tapa-buraco?

Essas notícias nem deveriam ser divulgadas para não estressar ainda mais os pobres freqüentadores das arquibancadas. Mas, doa a quem doer, a verdade tem de ser dita, mesmo sendo tudo mentira, ainda.

No Paraná são os portugueses que estão arrancando, pela tal "janela" de negociações com o futebol estrangeiro, outros nomes importantes da estupefata campanha do Tricolor da Vila Tá Na Hora: o zagueirão Gustavo e o lateral Angelo. Não há informações se Caio também foi convidado para a farra dos dólares (ou euros), mas que devem estar de olho nele, e ele de olho neles, isso pode ser verdade. Possivelmete Caio também se contentaria em duplicar ou triplicar seus rendimentos com reais de algum clube mais endinheirado do Brasil mesmo.

Imagine se Bonamigo deixa o Couto a essa altura do campeonato pra dirigir algum time do Oriente Médio? O torcedor coxa ficaria tão fulo que desejaria que o Hezbollah seqüestrasse os responsáveis pelo negociação.

A máxima que diz que "em time que está ganhando não se mexe" só vale quando o bolso não entra em campo.

A questão toda é "quanto?".

***

Escrevi na semana passada que o Arsenal é um time tão popular na Inglaterra quanto perdedor. Na verdade este – o perdedor – é o Arsenal de Nick Hornby, em seu livro Febre de Bola, escrito em 1992 – só foi editado no Brasil em 2000.

Hoje o Arsenal é um time adulto, vencedor, não mais aquele time infantil da infância de Hornby, com incontáveis derrotas e tediosos empates em 1 a 1.

Conto mais depois.

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