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Disse Marcos, goleiro do Palmeiras, sobre seus companheiros, depois do avassalador 6 a 0 sobre o time do Palestra Itália: "Se me avisassem no vestiário que iam jogar assim, eu nem entrava em campo. Foi humilhante".

A declaração do arqueiro foi repetida à exaustão nos canais de esportes depois do jogo no Couto, junto com a do atacante Kléber, que disse que o time "jogou sem tesão".

O fato de o Coxa entrar em campo defendendo impressionantes 23 vitórias seguidas, contando o Paranaense e Copa do Brasil, e ser o melhor ataque do futebol brasileiro atual pareceu pouco relevante. E ainda jogando contra a melhor defesa do país até então.

O extravagante 6 a 0 ficou por conta das falhas do Porco, não pela histórica eficiência do "Tsunami" Coxa dentro de campo, que vem comovendo e contagiando até mesmo atleticanos, desses mais civilizados.

E, cá entre nós, o entrosamento e a alegria dos jogadores deste fabuloso time do Coxa realmente esparrama admiração e felicidade por onde passa.

Na festa "Os Melhores do Paranaense – 2011", na última segunda-feira, promovida pela Gazeta do Povo, este cartunista – e dublê de cronista esportivo – foi encarregado de entregar o prêmio de craque do Estadual a Marcos Aurélio. O pequeno grande craque, mesmo tímido, está sempre sorrindo um sorriso de quem sabe de algo que ninguém mais sabe.

Troquei alguns dedos de prosa com Marcelo Oliveira, sujeito que transborda confiança e humildade. Perguntei-lhe qual era o segredo do seu time, e ele respondeu que não havia um. Tratava-se apenas de um excelente entrosamento entre todos do Alto da Glória.

Gracejei com os demais atletas do Coxa que foram lá receber seus prêmios, dizendo que na verdade aquilo tinha se transformado numa festa particular do Coritiba – a maioria dos agrados foram parar nas estantes do time que goleou o Palmeiras do Felipão na última quinta.

E alertei a eles que pelo menos metade da cidade esperava que eles entrassem com a carne da feijoada deste sábado. Missão cumprida.

Tive meu dia de "José Chu­­teira". Depois da derrota do Fla­­mengo para o Ceará, também pelas quartas da Copa do Brasil, o Coxa é o solitário invicto na temporada 2011. E é o time da moda no país todo. Sobrou até para este cartunista, que teve de contar para o pessoal da ESPN Brasil, que estive aqui cobrindo os jogos da dupla Atletiba, sobre os personagens "Los 3 Inimigos".

Bem ou mal, o sucesso do Coxa respinga para todos os lados.

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