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A inspeção da Fifa às cidades candidatas a sedes da Copa de 2014 é mais protocolar e simbólica. Quase tudo já está decidido por meio de vídeos e relatórios. Certamente, as decisões técnicas são influenciadas pelas políticas e pelos projetos, alguns faraônicos e irresponsáveis, de prefeitos e governadores. Tudo articulado pela CBF e com a garantia do governo federal. Depois do Pan, só a turma do oba-oba e os eternos otimistas acreditam que dinheiro público não será desperdiçado na Copa de 2014.

Ainda não foi anunciado oficialmente, mas nunca houve dúvidas de que o primeiro jogo será em São Paulo e a final, no Rio, no Maracanã. Os membros da Fifa chegam de helicóptero nos estádios, olham para um lado, para o outro, e dizem que está tudo indo bem, mesmo se não houver nenhuma obra. Almoçam com as autoridades e, no mesmo dia, vão para outras cidades.

O tão falado rigor técnico da Fifa não é bem assim. No estádio da cidade de Dortmund, Alemanha, onde o Brasil jogou duas partidas na Copa de 2006, vários jornalistas, por falta de lugar, sentavam no chão, no centro de imprensa, e, com seus laptops, transmitiam as matérias. Difícil era encontrar um canto com pouco barulho, mesmo que fosse para sentar no chão, onde pudesse escrever com uma caneta o meu texto, minutos após o jogo, e, via celular, ditá-lo para o Brasil. É duro ser um dinossauro neste mundo tecnológico.

Pior e melhor

Antes de começar o Paulistão, duas semanas atrás, havia uma grande desconfiança sobre o Palmeiras. Bastou vencer quatro fracos adversários para surgir a euforia. O time, que era considerado o pior, é agora o melhor dos quatro grandes. Ainda é cedo. A desconfiança que havia era por causa da saída dos dois bons atacantes (Alex Mineiro e Kléber), além do lateral Leandro, e por muitos acharem que os novos contratados, Marquinhos, Cleiton Xavier e Willians, não são jogadores para brilhar em uma grande equipe de São Paulo.

A euforia atual é pelas excelentes atuações de Cleiton Xavier, que parece ser um jogador especial, e pela chegada de Keirrisson, melhor atacante do Brasileiro de 2008, e de Edmilson, um bom e experiente jogador, além de estar em forma. Lenny, de craque no início de sua carreira, passou a perna-de-pau. Voltou agora a ser craque só por causa de três gols em uma partida e de três bons jogos. Breve, vamos saber qual é realmente seu lugar. Marquinhos, contundido, e Willians, ainda um pouco tímido, têm boas chances de brilhar. Parece que neste ano o professor e técnico-gerente Luxemburgo fez boas indicações.

Os estaduais não são também bons parâmetros para se fazer uma avaliação. Após a goleada por 5 a 0 sobre o fraquíssimo Social, que atuou a maior parte do jogo com um a menos, muitos torcedores do Cruzeiro, influenciados pelos eternos otimistas, já acham o time favorito para ganhar a Libertadores, e Wellington Paulista, que marcou dois gols, um grande centroavante. Saiu Guilherme e entrou Kléber, dois jogadores do mesmo nível, com características bem diferentes.

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