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Nunca a seleção brasileira, em uma Copa, foi tão fe­­chada, inacessível, co­­mo a atual. Dunga assumiu as funções do assessor de im­­pren­­sa, Rodrigo Paiva, e do su­­per­­visor, Américo Faria, e implantou um relacionamento agressivo com a imprensa. Atropelou até a Fifa.

Para Dunga, Jorginho e vários jogadores, os jornalistas torcem contra o Brasil. Eles não percebem que a função da imprensa não é torcer, e sim elogiar e criticar com isenção. Técnicos e jogadores, desde a época em que jogava, detestam críticas. Gostam só de elogios e da bajulação da turma do oba-oba. O Brasil conseguiu a antipatia da imprensa mundial.

O que era percebido ficou mais evidente. Se o Brasil ganhar o título, Dunga será o maior dos heróis e, se perder, o maior dos vilões. Isso empobrece o futebol. A única coisa positiva nesses confrontos com a imprensa é que Dunga acabou com os privilégios da Globo e de par­­te da mídia. É preciso reconhecer isso.

O Brasil inicia a Copa como um dos grandes favoritos. A fraquíssima Coreia do Norte deve jogar com nove jogadores à frente da área, uma linha de cinco e outra de quatro ou o contrário. Além da defi­­ciência técnica, os coreanos são ruins nas jogadas aéreas, uma das virtudes do time brasileiro.

Se o Brasil não fizer gol no primeiro tempo, é provável que entre com o meio mais leve, com Daniel Alves e/ou Ramires, nos lugares de Elano e/ou Felipe Melo. Para ga­­nhar o Mundial, e não apenas esse jogo, será necessário, entre tantas coisas, que Kaká jogue como ou próximo de seus melhores mo­­men­­tos. E que Robinho, enfim, mostre ao mundo o enorme talento que sempre teve.

Jogo morno

Na vitória da Holanda sobre a Di­­na­­marca por 2 a 0, não existia no Soccer City lugar marcado no meu bilhete e no de alguns jornalistas. Ainda bem que consegui um lu­­gar bom e com tevê. Melhor que assistir a uma partida em casa, pela televisão, ou no estádio, sem televisão, é ver o jogo no estádio, com tevê.

Foi uma partida fraca. Segundo a Fifa, a Holanda jogou no 4–2–3–1. Se você disser que jogou no 4–2–1–3 ou no 4–4–1–1, está também certo. Em todos esses esquemas, os times jogam com quatro defensores, dois volantes, um jogador de cada lado, um meia de ligação e um centroavante, e defendem e atacam com o mesmo número de jogadores.

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